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Marine Le Pen denuncia 'golpe de Estado' da União Europeia na Itália

A líder da extrema direita francesa comentou a política da Itália depois que Cottarelli foi nomeado primeiro ministro e não o candidato do M5S e da Liga

Marine Le Pen: a líder da extrema direita francesa afirmou que a União Europeia e o mercado financeiro confiscaram a democracia na Itália (Robert Pratta/Reuters)

Marine Le Pen: a líder da extrema direita francesa afirmou que a União Europeia e o mercado financeiro confiscaram a democracia na Itália (Robert Pratta/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de maio de 2018 às 09h39.

A líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, denunciou nesta segunda-feira (28) "um golpe de Estado" da União Europeia (UE) na Itália, onde o presidente escolheu Carlo Cottarelli, que encarna a austeridade orçamentária, para dirigir o país rumo a novas eleições.

"A União Europeia e os mercados financeiros voltam a confiscar a democracia. O que acontece na Itália é um golpe de Estado, um roubo do povo italiano por instituições ilegítimas. Diante dessa negação da democracia, a raiva dos povos cresce em toda Europa!", tuitou a presidente da Frente Nacional (FN).

O presidente Sergio "Mattarella está dando um golpe de Estado institucional, deve ser o garante das instituições, deve estar a serviço da Constituição italiana, mas hoje está a serviço da UE e da Comissão Europeia", declarou o vice-presidente da FN, Nicolas Bay, ao canal de televisão francês France 2.

Em pleno caos político, o presidente italiano impôs seu veto no domingo a um governo populista claramente eurocético composto pelo Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e pela Liga (extrema direita).

Carlo Cottarelli, um economista de 64 anos e ex-alto funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI), deve receber a tarefa de formar um governo técnico que não tem quase nenhuma possibilidade de obter a confiança do Parlamento, o que deve levar o país para novas eleições.

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