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Marina Silva cobra transparência em eleição da Venezuela: 'não é uma democracia'

Brasil não reconheceu vitória de Maduro e pede divulgação de detalhes

Marina Silva (Thiago Souza/MMA/Flickr)

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Agência o Globo
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Publicado em 31 de julho de 2024 às 10h06.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, declarou nesta quarta-feira, 31, que é preciso cobrar provas de transparência do processo eleitoral que supostamente elegeu Nicolás Maduro na Venezuela. Segundo a ministra, o regime do político não é uma democracia: “um regime democrático pressupõe eleições livres”, disse Marina ao Metrópoles.

“Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário. O Brasil está muito correto quando diz que quer ver o resultado eleitoral, os mapas, todas as comprovações de que de fato houve ali uma decisão soberana do povo venezuelano”, completou a ministra.

Posicionamento de Lula

Enquanto o presidente russo Vladimir Putin parabenizou Maduro pela vitória, diversos outros líderes e personagens da comunidade internacional questionam a situação e pedem a apresentação das atas de votação do país. A oposição venezuelana acusa Maduro de fraude, e afirma que o vencedor das eleições foi Edmundo Gonzalez. Já Maduro, há 11 anos no poder, atribue ao concorrente os recentes problemas e mortes ocorridas no país.

O presidente Lula, no entanto, declarou à TV Centro América, no Mato Grosso, que as eleições venezuelanas foram um “processo normal”:

"Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo, o que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de provar que não concordam e o governo tem o direito de provar que está certo".

O presidente brasileiro minimizou a crise no país vizinho e disse não ver “nada de grave” ou "de assustador” na situação. Também afirmou que o processo eleitoral foi “pacífico” e que “não houve violência”.

Após as eleições presidenciais realizadas no último domingo, Maduro foi anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela vencedor do pleito e apto a exercer seu terceiro mandato, no período de 2025 a 2030. Ele foi proclamado vitorioso, segundo o CNE, com 51,21% dos votos contra 44% de Edmundo González, o segundo colocado. O resultado foi questionado pela oposição, que cita fraude nas urnas.

 

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