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Marina: PV já começou a discutir apoio com PT e PSDB

Maior resistência dos partidos está no comprometimento com o veto ao projeto do novo Código Florestal

Marina: a senadora minimizou seu "poder" de direcionar os simpatizantes

Marina: a senadora minimizou seu "poder" de direcionar os simpatizantes

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

São Paulo - A senadora Marina Silva (AC), ex-candidata do PV à Presidência da República, revelou que seu partido iniciou hoje conversas com PT e PSDB sobre um possível apoio no segundo turno. Em entrevista ao portal Terra, ela disse que a lista com os dez pontos da plataforma de governo verde já está sendo discutida com petistas e tucanos e que a maior resistência está no comprometimento com o veto ao projeto do novo Código Florestal. "Tem um ponto que eu sinto que há uma dificuldade, que é o Código Florestal."

Na sexta-feira o PV apresentou a "Agenda por um Brasil Justo e Sustentável", uma pauta com as principais sugestões do partido para que sejam incorporadas pelos presidenciáveis neste segundo turno. O sétimo item da lista recomenda que a proposta de alteração do Código Florestal, em trâmite no Congresso, seja vetada pelo Executivo. "É um ponto estratégico fundamental para a Amazônia", justificou. Marina, lembrando que o projeto, sob relatoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), anistia desmatadores, criticou: "É um retrocesso muito grande."

Marina argumentou que fez um processo célere para definir as propostas a serem encaminhadas a Dilma e Serra e que o objetivo era reunir propostas que abordassem a área social, a ética e o compromisso com a sustentabilidade. Hoje, representantes do PV se reuniram com Marco Aurélio Garcia, um dos coordenadores da campanha do PT.

Ela afirmou que as duas candidaturas manifestaram o desejo de aprofundar os pontos sugeridos pelo PV. "Estou formando uma posição que espero seja a melhor para o Brasil", desconversou Marina, ao ser questionada sobre quem apoiaria neste segundo turno. A decisão só será anunciada no domingo em plenária do PV.

Ao comentar sua influência sobre os quase 20 milhões de eleitores que apostaram em sua candidatura no primeiro turno, Marina minimizou seu "poder" de direcionar os simpatizantes. "Não acredito na ideia de rebanho", afirmou. A senadora voltou a dizer que tanto Dilma quanto Serra têm o mesmo "perfil gerencial" e que a visão de mundo deles - embora seja amiga de ambos - é "diferente" da sua.

Aborto

Marina afirmou que, durante o primeiro turno, por ser evangélica foi a candidata mais questionada sobre a legalização do aborto. A ex-presidenciável disse esperar que o debate sobre o tema seja feito de forma madura e sem posições preconceituosas, dentro do que se espera de um Estado laico. "É preciso tratar esse tema à altura do debate democrático."

Ela defendeu a liberdade de expressão tanto dos que são contra quanto dos que são favoráveis à legalização do aborto. "Não podemos defender a liberdade de expressão só para alguns."

No final da entrevista de 50 minutos, Marina disse não acreditar que um candidato ou outro, se eleito, possa resgatar a moralidade na política. "Não acredito em salvadores da pátria", afirmou. Para Marina, a única forma de combater a corrupção é dar transparência às ações do Estado. "Não existe mundo perfeito existe a determinação de se aperfeiçoar os processos."

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