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Marina ameaça ficar fora de palanques do PV

Ex-candidata à presidência quer que o partido realize um processo interno de abertura democrática

Marina acha que não seria coerente retomar o discurso da campanha presidencial se dentro do PV ela não encontra isso (Creative Commons)

Marina acha que não seria coerente retomar o discurso da campanha presidencial se dentro do PV ela não encontra isso (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 08h30.

São Paulo - A ex-senadora Marina Silva (PV-AC) não está disposta a subir em palanques em 2011, para ajudar a eleger vereadores e prefeitos verdes, se o seu partido não realizar neste ano um processo interno de abertura democrática. Terceira colocada na eleição presidencial, com 19,6 milhões de votos, ela acha que não seria coerente retomar o discurso da campanha presidencial, que enfatizava uma nova forma de fazer política, comprometida com a ética e a sustentabilidade, se dentro de casa ela não encontra isso.

"Quero falar para a sociedade sobre coisas que estamos praticando. Não posso falar de uma nova fórmula política se dentro do PV temos uma velha fórmula, se a discussão é cerceada, se as pessoas não podem sequer se manifestar", disse ela no sábado à tarde, em São Paulo, ao participar de um encontro da militância verde, organizado pelo movimento Transição Democrática.

Ontem, no Rio, ele se encontrou com Fernando Gabeira e outros dirigentes estaduais do partido para discutir a questão da nova fórmula de fazer política. Segundo suas explicações, foi possível falar dessa fórmula na campanha presidencial porque havia recebido a promessa, da direção do partido, de que seriam realizadas mudanças em toda sua estrutura, com a realização de debates, convenções e eleições internas, tão logo findasse a corrida presidencial. "Na época era inteiramente coerente", disse. "Agora não é mais."

A mudança, segundo Marina, se deve à decisão tomada no mês passado pela diretoria nacional do PV de adiar as eleições para 2012. Foi isso que a levou a se alinhar com a Transição Democrática, que propõe a realização de convenções em abril e eleições em julho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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