O PSOE precisa de pelo menos 176 votos para a aprovação da monção de censura contra Rajoy (Sergio Perez/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de maio de 2018 às 09h42.
Madri - O chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, ratificou nesta quarta-feira perante o Congresso sua intenção de esgotar a legislatura e acusou o líder socialista (PSOE), Pedro Sánchez, de apresentar uma moção de censura com a qual está chantageando os outros partidos da câmara.
O PSOE apresentou no último dia 25 uma moção de censura contra o Governo do Partido Popular (PP), depois que esta formação foi condenada por lucrar em uma trama de corrupção, conhecida como "Gürtel", e de ficar evidente na sentença que contava com um caixa "B".
Rajoy, que governa em minoria com o apoio dos Ciudadanos (liberais) após um acordo de posse, insistiu que tem intenção de cumprir com os quatro anos de mandato, que começou em 2016.
Por sua vez, o PSOE, com 84 deputados dos 350 do Congresso, necessita do apoio de outros partidos para aprovar a moção de censura, que necessita de pelo menos 176 votos a favor.
Após dizer que a sentença do caso Gürtel não condena o Governo e nem o PP, Rajoy explicou que o PSOE tem duas opções: apoiar os Ciudadanos ou o que chamou de "governo Frankenstein", que estaria integrado por um conjunto de partidos à esquerda do PSOE e por nacionalistas.
Pedro Sánchez não é deputado, uma vez que renunciou à cadeira em 2016 porque se negava a facilitar a eleição de Rajoy, mas seu nome esteve muito presente na Câmara.
Rajoy o acusou de usar a moção de censura que apresentou contra ele como um "atalho" para chegar ao Palácio de Moncloa, porque sabe que através das urnas é "impossível" conseguir.