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María Machado vê seu Nobel como um 'impulso para concluir' tarefa pela 'liberdade' da Venezuela

O Comitê Nobel norueguês, com sede em Oslo, anunciou nesta sexta-feira que Machado é a vencedora do Nobel da Paz 2025

María Corina Machado: Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluir nossa tarefa: conquistar a liberdade (Federico Parra/AFP/Getty Images)

María Corina Machado: Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluir nossa tarefa: conquistar a liberdade (Federico Parra/AFP/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de outubro de 2025 às 11h32.

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A líder oposicionista venezuelana María Corina Machado expressou nesta sexta-feira que seu Prêmio Nobel da Paz 2025 representa um "impulso para concluir" a tarefa de "conquistar a liberdade" em seu país, e apontou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as "nações democráticas do mundo" como aliados para alcançar esse objetivo.

"Este imenso reconhecimento à luta de todos os venezuelanos é um impulso para concluir nossa tarefa: conquistar a liberdade", disse a ex-deputada na rede social X.

Nesse sentido, ela assegurou que estão "à beira da vitória" e que hoje, "mais do que nunca", contam "com o presidente Trump, o povo dos Estados Unidos, os povos da América Latina e as nações democráticas do mundo" como "principais aliados para alcançar a liberdade e a democracia".

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"Venezuela será livre", acrescentou Machado.

O Comitê Nobel norueguês, com sede em Oslo, anunciou nesta sexta-feira que Machado é a vencedora do Nobel da Paz 2025 "por seu incansável trabalho na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia".

O prêmio é concedido a "uma defensora corajosa e comprometida da paz, a uma mulher que mantém viva a chama da democracia em meio a uma crescente escuridão", disse Jørgen Watne Frydnes, presidente do Comitê Norueguês do Nobel, durante a leitura da decisão.

Machado demonstrou que as ferramentas da democracia são também as da paz, sublinhou o comitê, que acrescentou que a premiada encarna a esperança de um futuro diferente, no qual os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes ouvidas.

De acordo com um vídeo compartilhado pela equipe de imprensa de Machado, que mostra o opositor Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha desde setembro de 2024, falando por telefone em modo alto-falante, a ex-deputada afirmou estar "em choque".

A oposicionista permanece na clandestinidade dentro de seu país desde sua última aparição pública, em 9 de janeiro passado, quando liderou uma manifestação em Caracas para defender o reclamado triunfo de González Urrutia nas eleições presidenciais de 2024, na véspera da posse de Maduro, proclamado vencedor dessas eleições por um organismo eleitoral controlado por funcionários aliados ao chavismo.

Todos os prêmios Nobel estão dotados este ano com 11 milhões de coroas suecas (997.000 euros, 1,2 milhões de dólares) e serão entregues no dia 10 de dezembro em uma cerimônia dupla: em Oslo, para o de Paz, e em Estocolmo, para os demais.

O comitê espera que a oposicionista possa viajar a Oslo dentro de dois meses para receber o prêmio, embora tenha ressaltado que é cedo para saber e que é necessário resolver antes uma questão de segurança "séria".

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