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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.
Washington - Os democratas terão pouca margem de erro essa semana, quando tentarão aprovar no Congresso dos EUA a mais abrangente mudança nas leis de regulamentação financeira desde a Grande Depressão.
O líder do partido majoritário no Senado, Harry Reid, espera conseguir a aprovação da regulamentação quando o Congresso voltar a se reunir depois de uma semana de recesso, apesar de ainda não ter obtido os 60 votos necessários para evitar um bloqueio processual na casa, que tem 100 membros.
A Câmara dos deputados já aprovou a versão final do projeto, que impõe uma série de duras restrições à indústria, em um esforço para evitar uma nova crise financeira como a que ocorreu entre 2007 e 2009. Depois de um ano e meio de trabalho, os democratas estão ansiosos para encaminhar o projeto à sanção do presidente Barack Obama.
A aprovação do projeto representaria a segunda grande conquista legislativa do partido, que já conseguiu a aprovação da reforma do sistema de saúde, um feito importante já que eles estão tentando manter o controle do Congresso nas eleições de Novembro desse ano.
No Senado, Reid já conta com 57 votos dos democratas para a aprovação do projeto que criará novas medidas de proteção para o consumidor e impõe novas medidas restritivas às empresas financeiras.
Os republicanos Susan Collins e Scott Brown também já indicaram que pretendem apoiar o projeto.
Mas isso ainda deixa Reid a um voto da aprovação. Os Republicanos Olympia Snowe e Charles Grassley já apoiaram o projeto anteriormente, durante o processo legislativo, mas nenhum dos dois confirmou se pretendem apoiar a versão final.
<hr> <p class="pagina">Entretanto, os analistas acreditam que Reid terá os votos necessários para enviar o projeto a Obama, já que os republicanos moderados serão duramente pressionados a explicar um voto "não" depois de obter uma série de concessões importantes.<br><br>"Acho que todo muito está bem tranquilo que eles conseguirão os votos", disse Jodi Lashin, uma advogada da Pryor Cashman, que tem acompanhado o projeto de lei bem de perto.<br><br>Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates, de Nova Iorque, disse que um fracasso na aprovação final do projeto levaria mais preocupações aos investidores.<br><br>"Se não for aprovado, haverá um dado ligeiramente positivo, mas haverá preocupação em saber se ele voltará piorado, lá adiante", disse Lancz.<br><br>"Se ele for apenas adiado, pode preocupar os investidores mais em relação ao o que mais está sendo planejado ou adicionado ao projeto."</p>