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Marcos Valério é preso acusado de fraude em registro de terras

Após ser preso em Belo Horizonte, o empresário já estava sendo transferido para a Bahia

De acordo com o Ministério Público baiano, Valério atuaria junto a advogados e cartórios para fraudar registros de terras no oeste do estado (José Cruz/ABr)

De acordo com o Ministério Público baiano, Valério atuaria junto a advogados e cartórios para fraudar registros de terras no oeste do estado (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 12h24.

São Paulo - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado pelo Ministério Público Federal como operador do esquema que ficou conhecido domo mensalão, foi preso nesta sexta-feira em Belo Horizonte acusado de fraudes em registros de terras na Bahia, infornou a Polícia Civil de Minas Gerais.

Valério foi preso pela manhã na capital mineira, atendendo a um mandado de prisão expedido pela Justiça da Bahia. Outras três pessoas também foram presas em Minas Gerais como parte da Operação Terra do Nunca, realizado pelo Ministério Público e pela Polícia da Bahia.

O empresário ficou nacionalmente conhecido em 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, em que parlamentares e partidos da base do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva supostamente receberiam dinheiro para apoiar o governo.

De acordo com o Ministério Público baiano, Valério atuaria junto a advogados e cartórios para fraudar registros de terras no oeste do estado.

Os acusados criariam matrículas falsas de imóveis e usariam esses documentos para garantir dívidas de empresas de Marcos Valério, segundo o Ministério Público.

No total, 23 pessoas foram presas na Operação Terra do Nunca. Após ser preso em Belo Horizonte, numa operação conjunta das polícias civis de Minas e da Bahia, o empresário já estava sendo transferido para a Bahia.

O escândalo do mensalão, denunciado pelo ex-deputado Roberto Jeferson, que posteriormente teve o mandato cassado sob acusação de envolvimento no esquema, foi a pior crise do governo Lula e resultou na queda do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que também teve o mandato de deputado federal cassado após deixar o ministério.

Trinta e oito réus respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de envolvimento no esquema, entre eles Dirceu, Jefferson, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

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