Mundo

Marco Maia diz que Pedro Novais terá que se explicar na Câmara

O ex-ministro do Turismo se demitiu ontem após denúncias de uso de dinheiro público para pagamento de despesas pessoais

O presidente da Câmara, Marco Maia: “essa é uma questão inadequada e precisamos ouvi-lo, dar a chance para que ele possa dar suas explicações” (Agência Brasil)

O presidente da Câmara, Marco Maia: “essa é uma questão inadequada e precisamos ouvi-lo, dar a chance para que ele possa dar suas explicações” (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 12h37.

Brasília - O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse hoje (15) que o ex-ministro do Turismo Pedro Novais terá de dar explicações à Casa quanto as denúncias de uso de dinheiro público para pagamento de despesas pessoais. Novais entregou a carta de demissão e deixou o cargo na noite de ontem (14).

“É obrigação dele dar as devidas explicações à Casa. Terá de falar o que de fato foi feito. Se foi utilizado recursos públicos para o pagamento de despesas [pessoais], enquanto ele era ministro”, disse. “Essa é uma questão inadequada e precisamos ouvi-lo, dar a chance para que ele possa dar suas explicações”, completou.

A Câmara, no entanto, só poderá tomar providências se for provocada por algum partido político com representação na Casa. O PPS promete entrar com representações contra o ex-ministro no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. “Se a mesa for instada a tomar alguma medida, encaminharemos o processo ao corregedor e ao conselho”, explicou Marco Maia.

A Casa poderá investigar o assunto assim que Pedro Novais reassumir o mandato de deputado federal. Ele se licenciou do cargo para assumir o ministério e, agora, retorna à Câmara. A Secretaria-Geral da Mesa, no entanto, ainda não recebeu oficialmente o pedido de retorno. O suplente dele, deputado Costa Ferreira (PSC-MA), ocupará a vaga de Gastão Vieira (PMDB-MA), que deixa a Câmara para assumir o Ministério do Turismo.

Pedro Novais foi alvo de diversas denúncias nos oito meses em que ficou à frente do Ministério do Turismo. Entre elas, a de que teria beneficiado um empresa fantasma com uma emenda no valor de R$ 1 milhão para construir uma ponte no município de Barra do Corda (MA), cidade sem nenhum atrativo turístico a 450 quilômetros de São Luís.

Esta semana, o jornal Folha de S.Paulo publicou matéria afirmando que a mulher do ex-ministro, Maria Helena de Melo, usa um funcionário da Câmara como motorista particular e que o salário da empregada doméstica do casal também é pago com recursos da Casa.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosCorrupçãoEscândalosFraudesGestão públicaGoverno DilmaMinistério do TurismoPolítica no Brasil

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos