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Máquina de Maduro sufoca candidatos da oposição na Venezuela

Exibição do presidente venezuelano várias vezes ao dia na TV, sorteio de casas e até de dinheiro aos eleitores são alvos de críticas de concorrentes

Maduro: presidente venezuelano aposta em promessas e viagens pelo país desde o início da campanha, na última segunda (23) (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: presidente venezuelano aposta em promessas e viagens pelo país desde o início da campanha, na última segunda (23) (Miraflores Palace/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2018 às 19h30.

Apenas três dias após o início da campanha presidencial na Venezuela, os adversários de Nicolás Maduro denunciaram a falta de equilíbrio diante do peso da máquina governista, que exibe o presidente várias vezes ao dia na TV, sorteia casas e até oferece dinheiro aos eleitores.

Irritado com o que chamou de "vantagismo", o opositor Henri Falcón - principal adversário de Maduro - pediu nesta quarta-feira o fim da propaganda nos meios estatais, em uma lista de exigências entregue ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

"Toda a publicidade dos meios do Estado está enfocada no candidato do governo. Isto é uma violação da lei eleitoral. Estão utilizando crianças, sites de todos os ministérios, propaganda das prefeituras e dos governos" a favor de Maduro, denunciou Falcón ao CNE.

Desde a segunda-feira, quando iniciou formalmente a campanha para as eleições de 20 de maio, Maduro já visitou várias cidades, em quatro estados, viajando no avião presidencial.

Em apenas um dia apareceu seis vezes na TV estatal, entregou 36 casas no estado de Barinas (oeste) e prometeu 10 táxis.

Nesta quarta-feira, em três aparições na TV, Maduro prometeu nove ambulâncias fluviais e a reforma de um hospital no estado de Delta Amacuro (leste).

Na TV, Maduro oferece novos bônus - que entrega mensalmente desde dezembro - e a melhora nos programas de distribuição de cestas básicas e alimentos subsidiados, em meio a um desabastecimento generalizado e uma inflação que deve atingir os 13.800% em 2018, segundo o FMI.

A maioria dos partidos de oposição decidiu boicotar as eleições presidenciais diante da falta de garantias e transparência.

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