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Manifestantes voltam a enfrentar policiais em Caracas

Confrontos começaram depois que os manifestantes percorreram um setor do município opositor de Baruta (leste), limítrofe com o chavista Libertador

Estudantes protestam contra governo, em Caracas: manifestantes se reuniram para denunciar ofensiva judicial contra dois prefeitos e deputada da oposição (AFP)

Estudantes protestam contra governo, em Caracas: manifestantes se reuniram para denunciar ofensiva judicial contra dois prefeitos e deputada da oposição (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 20h18.

Grupos de manifestantes enfrentaram com pedradas efetivos do Batalhão de Choque, que responderam com gás lacrimogêneo, nesta quinta-feira à tarde, em uma zona comercial do leste de Caracas, durante um protesto que reuniu cerca de três mil pessoas - constatou uma equipe da AFP.

Os confrontos começaram depois que os manifestantes percorreram um setor do município opositor de Baruta (leste), limítrofe com o chavista Libertador (oeste). Um grupo se dirigiu para uma auto-estrada no setor de Bello Monte com o objetivo de bloqueá-la. Tropas de choque intervieram com gás lacrimogêneo e jatos d'água.

Os manifestantes, estudantes universitários em sua maioria, começaram a se reunir por volta do meio-dia para denunciar a ofensiva judicial contra dois prefeitos e uma deputada da oposição, no âmbito dos protestos que varrem a Venezuela há um mês e meio. Pelo menos 31 pessoas já morreram até o momento.

"Falam de paz e continuam enviando sinais contrários. Ontem, prenderam dois prefeitos. Claro que é uma provocação", disse à AFP o estudante de Engenharia Civil Alejandro Solís.

Depois da mobilização militar na segunda-feira, no município opositor de Chacao (leste), Caracas passou três dias sem confrontos nas ruas, com a oposição se limitando a fazer protestos pacíficos em ruas e praças.

A passeata desta quinta foi convocada por estudantes, depois da detenção, na quarta-feira à noite, dos prefeito de de San Cristóbal (oeste), Daniel Ceballos, e de San Diego (norte), Enzo Scarano. Este último já havia sido condenado a dez meses de prisão e destituído de seu cargo.

San Cristóbal foi o ponto de partida da atual onda de manifestações no país, em 4 de fevereiro, quando os estudantes saíram às ruas contra a insegurança. A insatisfação se espalhou para outras localidades, e a pauta de reivindicações passou a incluir queixas contra a crise econômica, a prisão de representantes da oposição e contra a repressão policial.

Ambos os prefeitos são acusados de não adotar medidas para impedir os bloqueios de ruas em seus municípios durante os protestos.

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