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Manifestantes são detidos em protestos contra o governo na Armênia

Após decisão parlamentar, Serzh Sarkisian se tornou primeiro ministro da Armênia a manifestantes foram detidos durante protestos

Armênia: cerca de 16 mil pessoas se reunião nesta quarta contra a eleição de Serzh Sarkisian (Vahram Baghdasaryan/Reuters)

Armênia: cerca de 16 mil pessoas se reunião nesta quarta contra a eleição de Serzh Sarkisian (Vahram Baghdasaryan/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de abril de 2018 às 09h31.

Yerevan - Dezenas de manifestantes foram detidos nesta quinta-feira em Yerevan, capital da Armênia, à margem de protestos contra o ex-presidente Serzh Sarkisian, agora primeiro-ministro com poderes reforçados.

Na manhã desta quinta-feira, centenas de manifestantes tentaram bloquear o acesso à sede do governo, no centro da cidade, o que provocou a intervenção polícia. Dezenas de pessoas foram detidas.

Os protestos contra o retorno de Serzh Sarkisian, presidente desde 2008 e que conseguiu permanecer no poder apesar da proibição de três mandatos consecutivos graças a uma reforma constitucional, entram no sétimo dia.

Na quarta-feira à noite, pelo menos 16.000 pessoas se reuniram em Yerevan para uma manifestação.

"Nossa revolução de veludo se propaga", disse o deputado e líder da oposição Nikol Pashinian.

Os organizadores do protesto convocaram uma campanha nacional de "desobediência civil".

A manifestação de quarta-feira, no entanto, foi menor que a de terça-feira, quando 40.000 pessoas protestaram na capital da Armênia, o maior evento do tipo nos últimos anos neste pequeno país do Cáucaso.

Sarkisian, que concluiu em março seu segundo e último mandato presidencial, foi eleito primeiro-ministro pelo Parlamento na terça-feira.

O político, considerado pró-Rússia, retorna assim ao poder em um país onde, após uma reforma constitucional, o chefe de Estado exerce sobretudo funções protocolares e o verdadeiro poder executivo está nas mãos do primeiro-ministro.

 

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