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Manifestantes rompem cordão próximo ao Parlamento da Ucrânia

Milhares de manifestantes romperam um cordão policial na imediações da sede do Parlamento da Ucrânia


	Bandeira da Ucrânia com barricadas de manifestantes ao fundo, em Kiev: protestos opositores começaram em Kiev no fim de novembro do ano passado
 (Thomas Peter/Reuters)

Bandeira da Ucrânia com barricadas de manifestantes ao fundo, em Kiev: protestos opositores começaram em Kiev no fim de novembro do ano passado (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 10h00.

Kiev - Milhares de manifestantes romperam nesta terça-feira um cordão policial na imediações da sede do Parlamento da Ucrânia, no primeiro incidente entre opositores e as forças de segurança na capital Kiev desde o final de janeiro.

Os confrontos ocorreram na rua Grushevki - cenário de violentos distúrbios há um mês - quando a polícia tentou impedir a passagem de uma grande passeata convocada pela oposição para pedir a restituição da Constituição de 2004 e a volta do sistema presidencial-parlamentar.

Também foram registrados distúrbios no cruzamento das ruas Institutskaya e Shelkovichnaya, onde cerca de dois mil manifestantes tentam superar barreiras policiais e lançam paralelepípedos contra os agentes da tropa de choque, que respondem com bombas de gás lacrimogêneo.

Os três grupos parlamentares opositores, Batkivshina, Udar e Svoboda, anunciaram que na sessão de hoje da Rada Suprema (Parlamento) exigiriam a restituição da antiga Carta Magna, mas a maioria governista se nega inclusive a incluir na ordem do dia o debate sobre a reforma constitucional.

O sistema político ucraniano foi transformado em presidencialista por meio de uma reforma constitucional aprovada em novembro de 2010, meses depois do atual presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, assumir a chefia do Estado.

Segundo o líder do Udar, Vitali Klitschko, o retorno à Constituição de 2004 seria o "primeiro passo" para superar a crise em que se encontra o país.

Além da reforma constitucional, que diminuiria os poderes do chefe do Estado em favor do Legislativo, a oposição reivindica a realização de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas.

Os protestos opositores começaram em Kiev no fim de novembro do ano passado depois que Yanukovich adiou a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia.

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