Mundo

Manifestantes protestam contra sentença à Mubarak

Centenas de pessoas protestam na Praça Tahir contra sentença que condena o ex-ditador à prisão perpétua

Membro da equipe de Mubarak afirmou que o ex-presidente irá apelar da sentença (AFP)

Membro da equipe de Mubarak afirmou que o ex-presidente irá apelar da sentença (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2012 às 09h41.

Cairo - Centenas de manifestantes estão ocupando a Praça Tahir, no centro do Cairo, neste domingo em protesto contra as sentenças anunciadas no sábado para o ex-presidente Hosni Mubarak e seus chefes de segurança. Alguns manifestantes dormiram em tendas ou a céu aberto no local icônico, que foi o epicentro da revolta contra o regime que depôs Mubarak em 2011, após três décadas de governo autocrático.

"Nós pretendemos permanecer hoje (domingo) e possivelmente amanhã (segunda-feira). Esperamos que mais pessoas venham durante o dia", afirmou Omar Abdelkader, um jovem manifestante. Cerca de 20 mil pessoas se reuniram na praça no sábado após um juiz condenar Mubarak, de 84 anos, e seu ministro do Interior, Habib al-Adly, à prisão perpétua, pelo papel que tiveram na morte de mais de 800 pessoas durante a revolta do ano passado. No entanto, seis chefes de segurança foram absolvidos.

Além disso, as acusações de corrupção contra Mubarak e seus filhos, Alaa e Gamal, foram descartadas por causa da expiração de um estatuto de limitações, e o ex-presidente também foi abolsido em um caso de suborno. Um membro da equipe de defesa de Mubarak afirmou à agência AFP que o ex-presidente irá apelar da sentença.

O veredicto causou revolta dentro e fora do tribunal, com manifestantes fazendo protestos no Cairo, em Alexandria e em outras cidades egípcias. "Muitas pessoas tiveram a sensação quando ouviram a sentença de que voltamos aos dias do velho regime", afirmou Feda Essam, outro manifestante da Praça Tahir.

No começo deste domingo, autoridades da equipe do candidato à presidência Ahmad Shafiq, que foi primeiro-ministro no governo de Mubarak, foram atacadas em duas cidades do interior, segundo uma fonte do serviço de segurança. A sede da campanha de Shafiq no Cairo já havia sido atacada na segunda-feira. Um grupo de manifestantes invadiu o local, no sul do Cairo, antes de atear fogo ao prédio. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoJustiçaPrimavera árabePrisões

Mais de Mundo

Trump assina ordens impondo tarifas de 25% para México e Canadá e 10% para a China

Trump diz que Venezuela 'aceitou' receber migrantes deportados, incluindo criminosos

Papa Francisco se desequilibra após quebrar parte da bengala

Israel pede informações de crianças reféns após libertação de pai neste sábado