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Manifestantes prometem interromper cúpula do G20 em Hamburgo

Entre os 100 mil manifestantes esperados na localidade, cerca de 8 mil são vistos pelas forças de segurança como inclinados à violência

Protestos contra o G20: até 20 mil policiais estarão de plantão para vigiar a manifestação principal (Fabrizio Bensch/Reuters)

Protestos contra o G20: até 20 mil policiais estarão de plantão para vigiar a manifestação principal (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de julho de 2017 às 09h18.

Hamburgo - "Bem-vindos ao Inferno". Essa é a saudação dada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a outros líderes mundiais por manifestantes anticapitalismo em Hamburgo que prometeram interromper a cúpula do G20 na cidade portuária alemã.

Entre os 100 mil manifestantes esperados na localidade, cerca de 8 mil são vistos pelas forças de segurança como inclinados à violência, o que representa um desafio para os encarregados de proteger a reunião de líderes das 20 maiores economias do mundo entre 7 e 8 de julho.

Não houve episódios significativos de violência em várias outras manifestações menores na cidade nesta semana, entre elas uma marcha de mais de 7 mil pessoas, na maioria jovens, que bebiam cerveja e mostravam cartazes denunciando o capitalismo e os líderes do G20 na quarta-feira.

Mas um incêndio de madrugada em uma concessionária da Porsche no norte de Hamburgo, que danificou oito carros, pode ser um prenúncio do que virá. A polícia disse estar investigando se foi um incêndio criminoso.

"Não existe indício concreto para ligar o incidente à cúpula do G20", disse um porta-voz da polícia à Reuters. "Mas presumimos que seja o caso".

Os moradores locais estão descontentes com a decisão da chanceler alemã, Angela Merkel, de realizar o encontro na segunda maior cidade do país, já que temem que manifestantes violentos danifiquem propriedades. Sua rotina diária também está sendo interrompida por medidas de segurança.

Até 20 mil policiais estarão de plantão para vigiar a manifestação principal, apelidada de "Bem-vindos ao Inferno" pela aliança de grupos anticapitalismo que a organizaram. Os manifestantes disseram que irão tentar bloquear ruas da cidade.

Merkel apostou alto ao decidir sediar a cúpula em sua cidade-natal, na qual os líderes irão debater temas difíceis que vão do comércio à mudança climática e ao desenvolvimento da África.

Se os protestos se intensificarem, sua reputação pode ser prejudicada a menos de três meses de uma eleição na qual irá buscar um quarto mandato.

Para expressar o desencanto dos moradores, a fabricante de refrigerantes Fritz Kola, sediada em Hamburgo, lançou uma campanha com pôsteres que exibem um retrato de Trump cochilando e a legenda: "Acorde, homem! Fritz Kola. Bastante cafeína".

Os manifestantes afirmam que o G20 não solucionou vários dos problemas ameaçando a paz mundial, incluindo a mudança climática, a desigualdade crescente e os conflitos violentos.

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