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Manifestantes pedem fim das medidas de combate ao coronavírus na Alemanha

Cerca de 17 mil pessoas protestaram neste sábado. Entre os ativistas, grupos antivacina e simpatizantes de partidos de extrema-direita

Alemanha: protestos em Berlim na tarde deste sábado (1) pedem o fim das restrições de distanciamento para combater o coronavírus (Maja Hitij / Equipe/Getty Images)

Alemanha: protestos em Berlim na tarde deste sábado (1) pedem o fim das restrições de distanciamento para combater o coronavírus (Maja Hitij / Equipe/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 1 de agosto de 2020 às 15h51.

Cerca de 17 mil pessoas se reuniram neste sábado (1) em Berlim, na Alemanha, para protestarem contra as medidas de prevenção adotadas pelo governo alemão contra o coronavírus. O ato reuniu grupos antivacina, simpatizantes da extrema-direita do país  grupos que se denominavam “pensadores livres”. Eles alegam que medidas que incentivam quarentena e o distanciamento social limitam a liberdade das pessoas.

Chamada de “O fim da pandemia – dia da liberdade”, a marcha foi organizada pela internet. Os organizadores esperavam que 500 mil pessoas comparecem ao evento. Entre os que foram, poucos estavam utilizando máscaras e quase ninguém estava respeitando a distância física de 1,5 metro para evitar a disseminação do coronavírus, conforme reportado pela AFP.

Durante o ato, manifestantes entoaram gritos de “somos a segunda onda”, “resistência” e chamaram a covid-19, doença que já infectou mais de 17,5 milhões de pessoas e causou quase 680 mil mortes de “uma grande teoria da conspiração”. A polícia tentou conter os manifestantes, mas as ordens pedindo distanciamento social e uso de máscara não foram respeitadas.

Os ativistas esperam que os protestos possam pressionar o governo alemão a retornar com as atividades normais. "É uma tática de medo. Não vejo perigo com o vírus. Não conheço outras pessoas doentes. Conheci muitas pessoas doentes em março, esquiadores, turistas, algo realmente aconteceu em fevereiro, mas agora não há mais pessoas doentes", disse uma das manifestantes à AFP.

Outra manifestante afirmou que “aqueles que não se informam, diferentemente de nós, são ignorantes e acreditam em tudo o que o governo diz.” Segundo dados oficias do governo alemão, mais de 9 mil pessoas morreram por coronavírus no país até este sábado.

Os protestos causaram polêmica não apenas por irem contra as recomendações de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde (OMS), que reitera que a pandemia ainda não foi controlada na Europa. O lema do discurso, dia da liberdade”, é o mesmo utilizado no título de um filme de 1935 que conta a história de uma conferência partido de Adolf Hitler durante o regime nazista.

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