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Manifestantes interrompem audiência de nomeado de Trump no Senado

"Não a Trump, não a um EUA facista, não ao Ku Klux Klan", gritaram parte dos manifestantes

Protesto: eles foram retirados à força por agentes de segurança do Senado presentes no Comitê de Justiça (Chip Somodevilla/Getty Images)

Protesto: eles foram retirados à força por agentes de segurança do Senado presentes no Comitê de Justiça (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 14h29.

Washington - Vários manifestantes, alguns deles vestindo túnicas do movimento supremacista Ku Klux Klan, interromperam nesta segunda-feira a audiência de confirmação do polêmico senador Jeff Sessions, nomeado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para assumir o posto de procurador-geral do país.

"Não a Trump, não a um EUA facista, não ao Ku Klux Klan (KKK)", gritaram parte dos manifestantes, sendo retirados à força por agentes de segurança do Senado presentes no Comitê de Justiça, onde a audiência é realizada.

A indicação de Sessions como procurador-geral dos EUA gerou um grande mal-estar entre organizações como a União para as Liberdades Civis na América (ACLU), que consideram o senador racista e criticaram as posturas defendidas por ele sobre imigração.

Grande parte dos manifestantes que protestou hoje na audiência de Sessions estava vestida de vermelho e rosa, cores da organização pacifista "Codepink".

Quando Sessions entrou na sala, dois homens ficaram de pé em suas cadeiras na plateia e mostraram um chapéu que imitava os trajes usados pelos membros do Ku Klux Klan. Eles agradeceram o senador pelo Alabama de ser o representante do grupo no novo governo.

"Voces não podem me deter! Sou um homem branco e os homens brancos não podem ser detidos!", disse um deles, também retirado pelos agentes de segurança do Comitê de Justiça do Senado.

Sessions deve ter que responder perguntas firmes sobre declarações racistas que fez há 30 anos, quando era promotor do distrito sul de Alabama (1981-1993). Além disso, ele foi acusado de brincar sobre o Ku Klux Klan e perseguir judicialmente os defensores dos direitos civis dos afro-americanos.

Os democratas prometeram questionar Sessions pelas declarações que já o impediram de ser juiz em um tribunal do Alabama em 1986, quando tinha sido indicado pelo então presidente Ronald Reagan.

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