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Manifestantes estão diante do palácio presidencial no Cairo

Os manifestantes exigem que o presidente egípcio anule o decreto que amplia seus poderes e protestam contra o projeto de Constituição


	Manifestantes protestam diante do palácio presidencial no Cairo: as manifestações de terça-feira foram as maiores desde que Mursi assumiu a presidência
 (Gianluigi Guercia/AFP)

Manifestantes protestam diante do palácio presidencial no Cairo: as manifestações de terça-feira foram as maiores desde que Mursi assumiu a presidência (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 08h08.

Cairo - Centenas de opositores ao presidente egípcio Mohamed Mursi amanheceram nesta quarta-feira diante do palácio presidencial no Cairo, que mantém cercado desde a tarde de terça-feira.

Os manifestantes exigem que o presidente Mursi anule o decreto presidencial que amplia seus poderes e protestam contra o projeto de Constituição que deve ser submetido a um referendo em 15 de dezembro.

"Saia", gritavam os manifestantes, retomando um dos lemas das manifestações do início de 2011 contra o ex-presidente Hosni Mubarak.

No início da manhã, vendedores ambulantes já estavam presentes nos arredores do palácio Itihadiya, no bairro residencial de Heliópolis, cujos muros estão repletos de grafites contra Mursi.

Além disso, centenas de pessoas passaram a noite na Praça Tahrir, onde a oposição instalou dezenas de barracas e está acampada há duas semanas.

As manifestações de terça-feira foram as maiores desde que Mursi assumiu a presidência.

O Egito vive uma profunda crise política desde o decreto de 22 de novembro, com o qual Mursi, primeiro presidente islamita do país, ampliou seus poderes e impediu qualquer objeção judicial contra o projeto de nova Constituição.

Os críticos do projeto de nova Constituição, adotado graças a uma comissão dominada pelos islamitas, alegam que este não protege direitos fundamentais como a liberdade de expressão e temem que abra a porta para uma aplicação mais rígida da lei islâmica.

Opositores e partidários de Mursi organizaram grandes manifestações desde o anúncio do decreto. A divisão política aumentou quando o presidente marcou para 15 de dezembro a data do referendo constitucional.

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