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Manifestantes e policiais entram em confronto em Hong Kong

Tensões cresceram após a remoção na madrugada de um grande acampamento de protesto no centro financeiro asiático controlado pela China


	Manifestantes pró-democracia: Multidões de manifestantes foram em direção ao congestionado distrito de Mong Kok após o horário comercial
 (Carlos Barria/Reuters)

Manifestantes pró-democracia: Multidões de manifestantes foram em direção ao congestionado distrito de Mong Kok após o horário comercial (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2014 às 11h41.

Hong Kong - A tropa de choque de Hong Kong utilizou spray de pimenta e cassetetes contra manifestantes pró-democracia nesta sexta-feira, à medida que as tensões cresceram após a remoção na madrugada de um grande acampamento de protesto no centro financeiro asiático controlado pela China.

Multidões de manifestantes foram em direção ao congestionado distrito de Mong Kok após o horário comercial e de aulas na noite desta sexta-feira (hora local), vindos do centro da cidade, ponto central do movimento de desobediência civil perto dos prédios do governo, para tentar retomar uma área de um cruzamento que a polícia liberou na investida pela manhã.

Centenas de manifestantes tentaram romper as linhas policiais e utilizaram guardas-chuvas como escudo contra sprays de pimenta. No embate corpo a corpo, a polícia utilizou cassetetes e força física contra os ativistas.

A polícia conseguiu repeliu diversos manifestantes à medida que outros gritavam insultos e avançavam para “abrir a rua”. Os manifestantes, liderados por uma inquieta geração de estudantes, exigem que os líderes do Partido Comunista da China honrem suas promessas constitucionais e conceda democracia total para a ex-colônia britânica, que retornou ao comando chinês em 1997.

Antes do anoitecer desta sexta-feira, centenas de policiais realizaram a maior investida contra o acampamento dos manifestantes pró-democracia, reprimindo ativistas que ocupavam a interseção em uma das principais praças de protesto há mais de três semanas.

A operação aconteceu enquanto muitos manifestantes estavam dormindo em dezenas de tendas e embaixo de grandes lonas. A ação foi uma nova estratégia da força policial de Hong Kong, de mais de 28 mil agentes, que tem sido criticada por operações agressivas com gás lacrimogêneo e violência física, incluindo o espancamento de um manifestantes algemado na quarta-feira.

Avançando sobre a interseção com capacetes, escudos e cassetetes, vindos de quatro direções, os agentes pegaram os manifestantes de surpresa. Muitos recuaram sem resistir.

“A deplorável ação do governo de Hong Kong aqui causará outra onda de protestos dos cidadãos”, disse o apresentador de rádio e ativista Wong Yeung-tat. À noite, com mais manifestantes chegando ao local, autoridades fecharam a estação de metrô nas cercanias, segundo a imprensa. A polícia mostrou bandeiras vermelhas, alertando para que os manifestantes não avançassem.

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