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Manifestantes do Bahrein dizem que não deixarão centro de Manama

Praça na capital foi rebatizada como "Tahrir de Manama", em alusão ao local onde protestos aconteceram no Egito

Manifestantes no Bahrein: protestos continuam, mas polícia não entrou em confronto (Adam Jan/AFP)

Manifestantes no Bahrein: protestos continuam, mas polícia não entrou em confronto (Adam Jan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2011 às 08h13.

Cairo - Os milhares de manifestantes que pernoitaram em uma praça de Manama, na capital de Bahrein, após tomarem o centro da cidade exigindo reformas econômicas e políticas garantiram que não abandonarão o local até que suas exigências sejam atendidas.

O presidente da Associação da Juventude para os Direitos Humanos do Bahrein, Mohammed al-Maskati, garantiu à Agência Efe por telefone que os organizadores não planejaram nenhuma passeata para esta quarta-feira, mas insistiram em que continuarão seus protestos.

A praça foi rebatizada pelos participantes com praça Tahrir de Manama, em referência ao local homônimo do Cairo onde milhares de manifestantes se concentraram durante mais de duas semanas até a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no último dia 11 de fevereiro.

A Polícia observa os participantes sem atuar, como garantiu à Efe o ativista, que está no local da concentração.

Espera-se que ao longo do dia mais pessoas cheguem até a praça, especialmente após o fim das atividades trabalhistas.

Além disso, Maskati comentou que o discurso oferecido na véspera pelo rei de Bahrein Hamad bin Isa al-Khalifa, no poder desde 1999, lamentou a morte de dois manifestantes e informou que havia começado uma investigação.

Os protestos da véspera começaram em frente ao Hospital Geral da localidade de Al Dih, onde ocorreram os choques com as forças de segurança que utilizaram gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha para dispersar os manifestantes, que protestavam pela morte na véspera de um jovem.

A revolta popular começou dois dias antes e conta com uma participação sem precedentes no país, um arquipélago com superfície de só 727 quilômetros quadrados no qual vivem pouco mais de 1 milhão de pessoas, a metade de estrangeiros.

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