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Manifestante na Tunísia morre em confronto com polícia

Islamistas tunísios desafiaram a proibição de protestos e entraram em conflito com a polícia neste domingo. Um homem morreu e outros ficaram feridos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2013 às 16h45.

Túnis - Um manifestante morreu e diversos outros ficaram feridos quando islamistas tunísios desafiaram a proibição de um protesto e entraram em conflito com a polícia no domingo.

Um homem de 27 anos foi morto na capital Túnis no protesto que continuava durante a tarde, informou a agência de notícias estatal do país. Uma testemunha da Reuters viu diversas pessoas feridas em brigas com a polícia durante o protesto de apoio ao grupo islâmico Ansar al-Sharia.

Em Kairouan, onde esperava-se dezenas de milhares de pessoas na manifestação do Ansar al-Sharia, os simpatizantes do grupo atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás.

O grupo é o mais radical a surgir na Tunísia desde que ditador Zine al-Abidine Ben Ali foi derrubado em 2011. O grupo representa um teste para a autoridade do atual governo islâmico moderado.

Apesar de a situação em Kairouan ter se acalmado ao final da tarde de domingo, confrontos ainda ocorriam em Túnis, onde a polícia prendeu dezenas de pessoas na área de Ettadamen e islamistas gritavam: "O regime do tirano deve cair".

A polícia usou gás e disparou para cima para dispersar os cerca de 500 manifestantes, que atiravam pedras e incendiaram carros. Alguns deles substituíram uma bandeira do país ali içada pelo símbolo da al Qaeda.

A agência de notícias estatal identificou o homem morto como Moez Dahmani, mas não informou como ele morreu.

Ônibus e metrô pararam de funcionar, e lojas fecharam. Os conflitos se espalharam por duas outras áreas da capital.

A Tunísia foi o primeiro país a passar pela "Primavera Árabe".

O novo governo do país é liderado pelo partido islâmico moderado, mas os radicais querem um papel maior para a religião. A elite secular do país teme que isso mine as liberdades individuais e a democracia.

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