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Manifestante foi morto pela polícia, diz governador venezuelano

Segundo o governador de Carabobo, o jovem morreu por uma arma atribuída a um policial, que será colocado à disposição do MP

Protesto: o jovem morreu atingido por um tiro durante uma manifestação (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protesto: o jovem morreu atingido por um tiro durante uma manifestação (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 15h02.

Caracas - O governador do estado de Carabobo, o chavista Francisco Ameliach, informou nesta quarta-feira que o jovem Daniel Queliz morreu na segunda-feira passada durante uma manifestação na cidade de Valência, no noroeste da Venezuela, atingido por uma arma da Polícia.

"Foi comprovado que Daniel Q. faleceu por impacto de bala de uma arma atribuída a um policial de Carabobo que será colocado à disposição do MP" (Ministério Público), apontou o governador através do Twitter.

Ele afirmou que a investigação preliminar feita pelos "órgãos competentes", determinou que o módulo da Polícia de Carabobo "foi atacado com armas de fogo" nesse mesmo dia.

Por sua vez, a Polícia de Carabobo postou ontem na mesma rede social que um de seus postos de vigilância foi "atacado" na noite de segunda-feira por mais de 40 pessoas que dispararam com armas de fogo e que só havia "três polícias dentro".

Daniel Alejandro Queliz Araca, de 20 anos, morreu atingido por um tiro durante uma manifestação, confirmou ontem a Promotoria da Venezuela, que já investiga o caso.

"Queliz estava em uma manifestação perto do conjunto residencial Los Parques, onde estavam funcionários da Polícia do estado Carabobo. Durante a situação, o jovem foi ferido no pescoço por uma bala", apontou o MP em comunicado.

Ele foi levado a um hospital próximo, mas "já entrou sem sinais vitais", conforme o MP.

Outro jovem foi morto na quinta-feira passada no estado Miranda. Conforme as primeiras investigações, o responsável pelo tiro foi um policial, já detido.

Embora a Promotoria venezuelana afirme que esta vítima recebeu um tiro no meio de um protesto, o governo disse que sua morte não foi em uma manifestação e que o policial que a provocou era um agente de trânsito.

Os protestos contra o governo nas últimas duas semanas na Venezuela deixaram pelo menos uma pessoa morta, dezenas de detidos e vários feridos.

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