Violentas manifestações explodiram na noite desta quarta-feira em St. Louis, no centro dos Estados Unidos, depois que um jovem negro de 18 anos morreu em um confronto com policiais brancos.

St. Louis, no Missouri, é muito próxima de Ferguson, onde na semana passada a violência retornou por ocasião do primeiro aniversário da morte de um jovem negro na ação de um policial branco.

Segundo a polícia, o homem abatido na quarta-feira em St. Louis havia apontado com seu revólver para os policiais.

Pouco depois começaram os protestos na rua onde ocorreu a morte e a polícia apelou para bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

"Um grupo de manifestantes se reuniu e começou a realizar atos violentos dirigidos não apenas às forças de ordem, mas também contra o bairro", afirmou o chefe de Polícia de St. Louis, Sam Dotson, em um comunicado.

"A calma voltou depois de nove prisões", acrescentou.

A Polícia divulgou um vídeo dos confrontos na manhã desta quinta-feira, mostrando os manifestantes lançando pedras e garrafas de água na direção dos policiais, que se protegiam com escudos antimotins.

Segundo os oficiais, na madrugada desta quinta-feira a polícia recebeu informações sobre roubos e relatos de que um carro havia sido incendiado na zona.

Dotson indicou que a polícia encontrou três armas roubadas após os confrontos.

Também informou que a arma que o suspeito carregava havia sido reportada como roubada.

O relatório oficial indicou que o jovem apontou com sua arma contra dois oficiais e que eles abriram fogo, matando-o.

Neste mês foram registrados vários distúrbios em Ferguson, após manifestações pacíficas pelo primeiro aniversário da morte de Michael Brown, também de 18 anos, pelas mãos de policiais brancos.

A morte de Brown provocou um debate sobre a violência empregada pela polícia contra jovens negros, no qual inclusive o presidente Barack Obama se envolveu.

Brown foi o primeiro de uma série de afro-americanos mortos pela polícia em 2014 e 2015.

As tensões na zona de St. Louis entre a polícia e a comunidade negra prosseguem desde então.