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Manifestações marcam o Primeiro de Maio pelo mundo

Atos mesclaram reivindicações locais com críticas globais, tendo, em muitos casos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como alvo

Protestos 1º de maio
dia do trabalho  (Kim Jong Hyun/Anadolu Agency/Getty Images)

Protestos 1º de maio dia do trabalho (Kim Jong Hyun/Anadolu Agency/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de maio de 2025 às 15h14.

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Trabalhadores de todo o mundo foram às ruas nesta quinta-feira pelo Dia do Trabalho. A data entrou para a história
após uma greve operária nos Estados Unidos durante a Revolução Industrial, quando trabalhadores reivindicaram uma jornada de 8 horas por dia e melhores condições para exercerem suas funções em seus postos.

No Brasil, o dia 1º de Maio é feriado nacional.

Em muitos países, a data foi marcada por manifestações que mesclaram reivindicações locais com críticas globais, tendo, em muitos casos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como alvo por causa de sua agenda tarifária agressiva, acusada de provocar instabilidade econômica e ameaçar empregos.

Na cidade americana da Filadélfia, pessoas protestaram com cartazes em defesa dos imigrantes, hoje perseguidos por Trump.

Na França, sindicatos falaram em "trumpização" da política global — e em alguns lugares a polícia jogou bombas de gás lacrimogênio em manifestantes. Segundo o sindicato CGC, mais de 300 mil pessoas, incluindo 100 mil em Paris, participaram das manifestações em todo o país.

Na Itália, um boneco de Trump foi visto pelas ruas de Turim. E em Taiwan, o presidente Lai Ching-te defendeu um pacote de estímulo para conter os efeitos das tarifas impostas pelos EUA.

No Japão, manifestantes pediram desde aumento salarial até o fim da guerra na Ucrânia. Já na Indonésia, o presidente do país prometeu erradicar a pobreza diante de uma multidão reunida em Jacarta.

Prisões na Turquia

Na Turquia, cerca de 400 pessoas que participavam das celebrações do Dia do Trabalho foram presas em Istambul, onde uma parte da cidade ficou paralisada para impedir qualquer concentração na emblemática Praça Taksim, indicou uma associação de advogados.

"O número de prisões que chega até nossa célula de crise ultrapassa 400", afirmou o escritório de Istambul da Associação de Advogados Progressistas na rede social X. As autoridades ainda não forneceram números exatos.

Com raras exceções, concentrações foram proibidas no local desde que as manifestações iniciadas no vizinho Parque Gezi abalaram o governo em 2013.

Em Cuba, o Primeiro de Maio foi comemorado com um grande desfile em frente ao Palácio da Revolução para reafirmar a rejeição ao embargo dos EUA e sua “campanha perversa” contra as brigadas médicas cubanas.

É a primeira grande marcha desde 2022, após manifestações mais modestas sobre a escassez de combustível e os problemas de transporte que afetam a ilha.

Com slogans como “Abaixo o bloqueio!”, “Ninguém se rende aqui!” e “Viva Cuba livre!”, o primeiro contingente, formado por médicos e enfermeiros, passou pelo monumento José Martí, onde o líder revolucionário Raúl Castro, de 93 anos, e o presidente Miguel Díaz-Canel saudaram os participantes.

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