Mulher tenta conter uma escavadora militar, para proteger um ferido caído em uma rua do Cairo (Mohammed Abdel Moneim/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2014 às 16h07.
Cairo - Pelo menos dois seguidores da Irmandade Muçulmana morreram nesta sexta-feira e outros 15 ficaram feridos em confrontos durante protestos no Cairo, a capital do Egito, que exigiam a volta do presidente Mohammed Mursi, informou a agência estatal de notícias "Mena".
Os feridos, a maioria por disparos de arma de fogo e com contusões, foram transferidos para diferentes hospitais da capital egípcia, explicaram à "Mena" fontes médicas.
Os manifestantes, seguidores da Irmandade Muçulmana - organização que foi declarada como terrorista pelas autoridades interinas em dezembro - exigiam o retorno ao poder do presidente deposto após um golpe militar há mais de um ano.
Essas mortes aconteceram um dia depois que outras cinco pessoas perderam a vida, entre elas um policial, durante as manifestações em lembrança do primeiro aniversário do brutal desmantelamento dos acampamentos islamitas em duas grandes praças do Cairo.
No dia 14 de agosto do ano passado, a polícia e as Forças Armadas egípcias abriram fogo contra os milhares de islamitas que pediam a volta do presidente Mohammed Mursi, deposto em julho, e mataram 817 pessoas, segundo a ONG Human Rights Watch (HRW).