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Manifestações de protesto na Síria em resposta ao discurso de Assad

Manifestantes pedem a queda do presidente Bashar Al-Assad, que insiste na existência de uma conspiração internacional contra o país

Em seu discurso nesta segunda-feira na Universidade de Damasco, Assad voltou a acusar grupos armados, criminosos e radicais islâmicos de estarem por trás dos protestos (Carlos Alvarez/Getty Images)

Em seu discurso nesta segunda-feira na Universidade de Damasco, Assad voltou a acusar grupos armados, criminosos e radicais islâmicos de estarem por trás dos protestos (Carlos Alvarez/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 12h14.

Nicosia, Chipre - Manifestações hostis ao regime ocorreram nesta segunda-feira em diferentes regiões da Síria após o discurso do presidente Bashar al-Assad.

Al-Assad, que enfrenta uma onda de manifestações há três meses, pediu um diálogo nacional, que poderia resultar em uma nova Constituição e citou a possibilidade de um artigo constitucional para acabar com a supremacia política do partido Baath.

Em um discurso pronunciado na Universidade de Damasco e exibido pela televisão estatal, Assad afirmou que "é possível dizer que o diálogo nacional é o lema da próxima etapa".

"O diálogo nacional poderia resultar em emendas da Constituição ou em uma nova Constituição", completou.

Assad também citou a possibilidade de anulação do artigo que concede a hegemonia ao partido Baath, que governa o país há 40 anos.

Esta medida é uma das principais reivindicações da oposição.

Assad advertiu ainda que a economia da Síria está sob a amenaça de um "colapso".

"É preciso trabalhar para devolver a confiança à economia síria porque existe um risco de colapso".

"Temos que busca um modelo conveniente para a Síria", completou.

No discurso, o terceiro que pronuncia em público desde o início dos protestos, Assad voltou a denunciar uma "conspiração" contra a Síria e afirmou que não fará reformas em meio ao caos.

"Os responsáveis pelo derramamento de sangue prestarão contas", disse.

O regime sírio enfrenta desde 15 de março um movimento opositor de protestos sem precedentes no país. As manifestações foram violentamente reprimidas.

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