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Manifestação em Nova York contra construção de Belo Monte

A atriz americana Sigourney Weaver participou de uma manifestação na quarta-feira, em Nova York, ao lado de dezenas de chefes indígenas de vários países

Sigourney Weaver e manifestantes dizem que hidrelétrica causará danos aos povos da Floresta Amazônica (.)

Sigourney Weaver e manifestantes dizem que hidrelétrica causará danos aos povos da Floresta Amazônica (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Nova York, EUA - A atriz americana Sigourney Weaver participou de uma manifestação nesta quarta-feira, em Nova York, ao lado de dezenas de chefes indígenas de vários países, contra a construção da barragem gigante de Belo Monte no Brasil, que, segundo eles, causará danos aos povos da Floresta Amazônica.

"Na nossa época, o desenvolvimento deve caminhar a par e passo com a ética", disse a atriz à imprensa diante da missão permanente do Brasil junto à ONU, estimando que o projeto respondia "a um modelo obsoleto de obtenção da energia elétrica".

A justiça brasileira deu sinal verde no dia 16 de abril passado à construção da barragem de Belo Monte no Rio Xingu. Os trabalhos de construção devem começar no mais tardar em setembro, apesar da forte oposição de povos indígenas, ecologistas e astros e atrizes do cinema.

O cineasta canadense "James Cameron nos propôs somarmos a esta causa que, na realidade, é uma espécie de +Avatar+ da vida real", disse Sigourney Weaver.

"Avatar" é o último filme de James Cameron, no qual Sigourney Weaver interpreta o papel de uma cientista. Neste afresco ecológico de sucesso mundial, indígenas defendem ao preço das próprias vidas o planeta onde vivem, dos ataques de uma empresa de mineração inescrupulosa.

"Se a barragem for construída, colocará em perigo a vida dos povos indígenas da zona", disse por sua vez à imprensa Pepe Luis Achaco, líder da etnia Shuar, da Amazônia equatoriana.

Belo Monte deverá tornar-se a terceira maior do mundo (11.000 MW), atrás da de Três Gargantas, na China (18.000 MW) e a de Itaipu (14.000 MW) na fronteira entre Brasil e Paraguai.

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