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Manifestação estudantil termina em confusão no Chile

Os confrontos começaram depois que a polícia impediu o avanço das manifestações


	Universidade no Chile: A Prefeitura de Santiago havia autorizado a marcha, mas com um percurso diferente, que não incluía o trecho da avenida Alameda, principal via da capital chilena.
 (Wikipedia/Wikimedia Commons)

Universidade no Chile: A Prefeitura de Santiago havia autorizado a marcha, mas com um percurso diferente, que não incluía o trecho da avenida Alameda, principal via da capital chilena. (Wikipedia/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 17h28.

Santiago - Estudantes chilenos e a polícia se enfrentaram nesta terça-feira no centro de Santiago, durante protestos por melhorias no ensino público.

Convocados pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech) e por grupos de alunos do ensino secundário, cerca de 2.000 manifestantes se reuniram na Praça Itália, no centro da capital, mas como não tinham autorização, foram impedidos de percorrer a avenida Alamada.

Os confrontos começaram depois que a polícia impediu o avanço das manifestações. Agentes das forças especiais dispersaram os estudantes com bombas de gás lacrimogêneo e carros-pipa.

A Prefeitura de Santiago havia autorizado a marcha, mas com um percurso diferente, que não incluía o trecho da avenida Alameda, principal via da capital chilena.

"Pedimos permissão com antecedência e tentamos negociar várias vezes", indicou em sua conta do Twitter o presidente dos estudantes da Universidade do Chile, Andrés Fielbaum.

"Quiseram impedir nossa mobilização para esconder seu fracasso como governo", afirmou Fielbaum.

Os estudantes chilenos iniciaram as mobilizações em 2011 para pedir o fim de um modelo de educação privatizado e caro, que, segundo as principais organizações estudantis, não oferece qualidade aos estudantes das escolas públicas.

Os protestos abriram o debate no país sobre a questão do ensino, e ganhou atenção do governo do presidente direitista Sebastián Piñera. O presidente propôs ajustes aos créditos universitários e maiores aportes do estado, mas negou-se a mudar o modelo vigente e a abrir caminho para a gratuidade no ensino superior.

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