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Manifestação em Caracas antes da Constituinte é esvaziada

Algumas barricadas até foram formadas nas ruas da capital venezuelana, mas a massa de manifestantes presente em protestos anteriores está ausente

Venezuela: poucos manifestantes foram às ruas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: poucos manifestantes foram às ruas (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de julho de 2017 às 18h47.

Última atualização em 28 de julho de 2017 às 18h59.

São Paulo - Poucos manifestantes até agora atenderam ao chamado de protesto nesta sexta-feira contra as eleições para uma Assembleia Constituinte, marcadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para este domingo.

Apesar de algumas barricadas terem sido formadas nas ruas de Caracas, a massa de manifestantes presente em protestos anteriores está ausente.

Nesta sexta-feira, o ministro do Interior, Néstor Reverol, proibiu todas as manifestações públicas que tenham potencial para atrapalhar as eleições de domingo.

Em discurso transmitido em rede nacional, Reverol anunciou que "quem organizar, apoiar ou instigar a realização de atividades dirigidas a perturbar a organização e o funcionamento do serviço eleitoral ou da vida social do país será punido com prisão de 5 a 10 anos".

Mesmo com a ameaça, líderes da oposição insistiram que os venezuelanos comparecessem a um evento batizado de "Tomada de Caracas" nesta sexta-feira.

O deputado Jose Manuel Olivares disse para os venezuelanos "não serem vítimas do medo".

Nesta sexta, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, condenou a convocação das eleições para a Constituinte.

"Está claro que neste domingo na Venezuela serão violados os princípios de igualdade e universalidade do voto ao dividir a sociedade em setores definidos e controlados pelo regime. A organização desse processo está cheia de irregularidades", disse.

Com informações da Associated Press.

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