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Manifestação em Benghazi reclama de possível perdão a kadafistas

Protesto pede a saída do Conselho Nacional de Transição depois que o órgão defendeu o perdão para quem combateu ao lado do ditador

Rebeldes na Líbia: manifestantes querem punição para os aliados de Kadafi (Filippo Monteforte/AFP)

Rebeldes na Líbia: manifestantes querem punição para os aliados de Kadafi (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 13h29.

Benghazi, Líbia  - Quase 200 pessoas protestaram nesta segunda-feira em Benghazi (leste da Líbia) contra o Conselho Nacional de Transição (CNT) e seu presidente, Mustafa Abdeljalil, que se declarou disposto a perdoar aos combatentes kadafistas.

"O CNT tem que renunciar", "Abdeljalil tem que sair", gritavam em coro os manifestantes da praça no centro de Benghazi, onde aconteceram as primeiras manifestações contra Muammar Kadafi no dia 15 de fevereiro.

"O regime não mudou. São os mesmos que oprimem e marginalizam as cidades", declarou Tahani al Sharif, uma advogada de Benghazi.

"Abdeljalil nos pede que perdoemos os combatentes de Kadafi. Diria o mesmo se tivessem matado ou ferido um filho durante a revolução?", acrescentou.

Abdeljalil afirmou sábado que as novas autoridades líbias estavam dispostas a perdoar os membros das forças de Kadafi que lutaram contra os então rebeldes.

"Somos capazes de perdoar e tolerar, somos capazes de integrar nossos irmãos que combateram os revolucionários", disse.

"A tolerância e a reconciliação são princípios muçulmanos", acrescentou Abdeljalil.

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