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Manifestação do 1º de maio na Rússia tem mais de 60 detidos

O descontentamento entre a população russa tem aumentado nos últimos anos, devido a uma controversa reforma previdenciária

Manifestante sendo detida pela polícia em São Petersburgo, na Rússia, no Dia do Trabalho, dia 1/4/2019 (Igor Russak/Reuters)

Manifestante sendo detida pela polícia em São Petersburgo, na Rússia, no Dia do Trabalho, dia 1/4/2019 (Igor Russak/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de maio de 2019 às 11h39.

Mais de 60 pessoas foram detidas nesta quarta-feira em São Petersburgo durante uma manifestação contra o Kremlin por ocasião do Dia do Trabalho, segundo a imprensa e um correspondente da AFP.

Cerca de 2.000 pessoas, incluindo partidários do líder opositor Alexei Navalny, comunistas e membros do partido no poder, reuniram-se no centro da cidade para participar de várias manifestações convocadas por ocasião deste 1º de maio.

Mais de sessenta pessoas foram presas na antiga capital imperial, incluindo um deputado local, Maksim Reznik, informou a organização OVD-Info, que contabiliza as prisões de opositores na Rússia.

A polícia se recusou a comunicar quantas detenções realizou.

Os manifestantes exibiam cartazes com retratos do presidente russo Vladimir Putin e gritavam "Putin é um ladrão" em meio a uma forte presença policial.

"Incrível", disse Navalny no Twitter. "Eles dispersam uma manifestação autorizada sem nenhum motivo".

"Protegem Putin, o bandido", exclamou uma manifestante, Galina Onishchenko, de 70 anos, apontando para os veículos reservados aos detidos.

A polícia prendeu vários manifestantes, incluindo alguns que gritavam palavras de ordem contra Putin, diante dos olhos de outros presentes na marcha que gritavam "fascistas" e "vocês não nos assustam", segundo um correspondente da AFP.

O descontentamento entre a população russa tem aumentado nos últimos anos, devido a uma controversa reforma previdenciária e à queda nos padrões de vida após as sanções ocidentais contra a Rússia, que se seguiram à anexação da Crimeia.

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