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Nelson Mandela permanece internado em estado grave

O ex-presidente sul-africano foi internado no último sábado devido a uma infecção pulmonar

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em foto de 26 de outubro de 2005 (AFP / Gianluigi Guercia)

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em foto de 26 de outubro de 2005 (AFP / Gianluigi Guercia)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 14h10.

Johannesburgo - O ex-presidente Nelson Mandela, de 94 anos, continua em estado grave desde que foi hospitalizado no sábado, anunciaram na manhã desta segunda-feira as autoridades sul-africanas, depois de 48 horas de um silêncio que preocupou o país.

"O ex-presidente Nelson Mandela segue hospitalizado e seu estado é estável. Madiba foi internado no dia 8 de junho de 2013 para ser atendido em um hospital de Pretoria por uma infecção pulmonar", indicou a presidência em um breve comunicado, utilizando o nome do clã do líder da luta contra o apartheid, adotado pela grande maioria dos sul-africanos.

"O presidente Jacob Zuma reitera seu chamado à África do Sul para orar por Madiba e por sua família durante este período", acrescentou o governo, referindo-se ao herói da luta contra o apartheid.

O porta-voz da presidência, Mac Maharaj, anunciou na manhã de sábado a hospitalização por uma pneumonia de Mandela. Esta é sua quarta internação desde dezembro.

O nome do estabelecimento de Pretoria onde o ex-presidente foi internado não foi divulgado, assim como ocorreu com suas hospitalizações anteriores.

No entanto, dezenas de jornalistas acampavam diante de um hospital especializado da capital onde acreditam que ele está internado. Duas filhas de Nelson Mandela e vários de seus netos foram vistos ali no domingo.

Na manhã desta segunda-feira, a imprensa precisou se limitar às especulações. O jornal Star de Johannesburgo, sem citar nenhuma fonte, afirma que a família limitou as visitas aos parentes, proibindo sobretudo o acesso ao hospital dos líderes do partido Congresso Nacional Africano (CNA, no poder).


Nenhum membro da família confirmou a informação. O porta-voz do CNA, Keith Khoza, disse que não estava ciente disso.

"Vi meu pai e está bem. É um lutador", declarou ao jornal britânico The Guardian a filha do ex-presidente, Zindzi, a única integrante da família que rompeu o silêncio.

"Nós queremos criar um ambiente propício para seu restabelecimento", explicou Mac Maharaj.

"Portanto, os parentes queridos mais próximos vão vê-lo, isso é tudo, nada mais", disse.

"Ele é atendido, e queremos que seja cuidado nas melhores condições para sua família", acrescentou.

Esta discrição deve-se, sem dúvida, à falta de evolução importante em um sentido ou em outro, e o único boletim de saúde publicado na manhã de sábado - estado "inquietante, mas estável" - segue em vigor.


"Chegou a hora de deixá-lo partir"

Embora oficialmente seja o momento de orações e desejos de uma recuperação rápida, nesta oportunidade há vozes que se expressam energicamente para dizer que inclusive os heróis têm direito a morrer um dia.

"Chegou a hora de deixá-lo partir. (...) Sua família deve deixá-lo agora, para que Deus possa agir a sua maneira", declarou no domingo Andrew Mlangeni, um companheiro de luta de Mandela, resumindo uma opinião amplamente exprimida em alguns programas de rádio e nas redes sociais.

Nelson Mandela parecia muito fraco nas últimas imagens divulgadas, no fim de abril, por ocasião de uma visita a sua casa dos principais líderes do CNA.

Embora esteja totalmente afastado da vida pública há anos, Mandela continua sendo o símbolo de uma África do Sul unida, apesar de suas persistentes divisões raciais. Encarna o milagre de um país que passou do regime da segregação racial à democracia em 1994.ríodo", completa o governo.

*Matéria atualizada às 10h11

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