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Mandela fez mais do que se esperaria de um homem, diz Obama

Em discurso em homenagem ao líder sul-africano, Obama desejou que seu legado continue inspirando a humanidade

Obama: "Madiba transformou África do Sul e nos comoveu", declarou (REUTERS/Mike Theiler)

Obama: "Madiba transformou África do Sul e nos comoveu", declarou (REUTERS/Mike Theiler)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 21h10.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que Nelson Mandela, falecido hoje aos 95 anos, "fez mais do que se pode esperar de qualquer homem" e desejou que seu legado continue inspirando a humanidade.

"Madiba transformou África do Sul e nos comoveu", declarou o presidente americano. "No dia em que foi liberado entendi o que um homem pode conseguir com sua esperança, deixando de lado seus medos".

Obama começou seu discurso após saber da morte de Mandela citando as palavras do próprio Nobel da Paz quando foi julgado em 1964.

"Lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Abriguei o ideal de uma sociedade democrática e livre na qual todas as pessoas vivam juntas em harmonia e com igualdade de oportunidades. É um ideal que espero viver e conseguir. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer", citou.

"Nelson Mandela viveu por esse ideal e o tornou real", acrescentou Obama, que disse ser um dos incontáveis de milhões de pessoas inspirados pelo legado do ex-presidente sul-africano.

"Minha primeira ação política, o primeiro que fiz envolvido com um assunto político foi um protesto contra o apartheid. (...) E da mesma forma que muitos no mundo todo, não posso imaginar minha própria vida sem o exemplo que foi para mim Nelson Mandela. E assim, enquanto eu viva, vou fazer o que possa para aprender dele", declarou.

Obama, que transferiu suas condolências à família do ex-presidente sul-africano, assegurou que hoje o mundo perdeu "um dos seres humanos mais influentes, valentes e profundamente bondosos, (...) com uma vontade inflexível de sacrificar sua própria liberdade para conseguir a liberdade dos demais".

"Seu caminho, de prisioneiro a presidente, encarnou a promessa que os seres humanos e os países podem mudar para melhor", afirmou.

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