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Manafort é acusado de lobby para ex-presidente ucraniano

O ex-assessor de Trump custeou o grupo chamado "Hapsburg Group" para "assumir posições favoráveis ​​à Ucrânia, incluindo lobby nos EUA"

Paul Manaford: o grupo, que operou de 2012 a 2013, pressionou legisladores americanos e funcionários da Casa Branca (Getty Images/Getty Images)

Paul Manaford: o grupo, que operou de 2012 a 2013, pressionou legisladores americanos e funcionários da Casa Branca (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 24 de fevereiro de 2018 às 13h03.

O ex-chefe de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, pagou secretamente mais de dois milhões de euros a um grupo de ex-políticos europeus para fazer lobby em favor do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, de acordo com uma acusação apresentada na sexta-feira.

Manafort custeou o chamado "Hapsburg Group", composto por ex-políticos, para "assumir posições favoráveis ​​à Ucrânia, incluindo lobby nos Estados Unidos", de acordo com a acusação apresentada em um tribunal federal de Washington por Robert Mueller, o procurador especial encarregado da investigação da interferência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016.

O grupo, que operou de 2012 a 2013, pressionou legisladores americanos e funcionários da Casa Branca, de acordo com a acusação.

O documento indica que o grupo deveria "parecer dar uma avaliação independente das ações do governo ucraniano, quando, na verdade, eram lobbyistas a favor da Ucrânia".

Tinham que "agir informalmente e sem qualquer relação visível" com o governo ucraniano, de acordo com uma nota escrita por Paul Manafort em 2012.

Manafort assumiu brevemente - entre junho e agosto de 2016 - a campanha Donald Trump, antes de ser demitido devido a "potenciais conflitos de interesse" com países estrangeiros, de acordo com o presidente americano.

Desde então, o advogado de 68 anos tem sido alvo da investigação sobre a interferência russa na eleição de 2016.

Yanukovich, que tinha o apoio de Moscou, foi deposto em 2014.

O documento apresentado na sexta-feira não acusa Manafort de qualquer crime vinculado às atividades do "Hapsburg Group", mas detalha as atividades com o objetivo de demonstrar que fazia lobby para a Ucrânia e que violou as leis dos Estados Unidos ao não se registrar como tal no país.

As autoridades judiciais ucranianas anunciaram neste sábado sua intenção de cooperar com Washington no caso.

Sergiy Gorbatyuk, chefe de investigações especiais no Ministério Público, disse que os procuradores ucranianos em breve enviarão uma carta a Robert Mueller.

"Queremos entender como eles vão cooperar conosco", disse Gorbatyuk à AFP, observando que Manafort também é objeto de investigações judiciais na Ucrânia e que Washington não respondeu aos pedidos de Kiev a esse respeito.

"Até agora, praticamente não temos cooperação", apontou.

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