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Malvinas terão referendo sobre status político em 2013

O governo do arquipélago espera que o referendo encerre a disputa entre Grã-Bretanha e Argentina pela soberania das Malvinas

A bandeira britânica sobre uma casa em Port Stanley, nas Malvinas: segundo as autoridades das ilhas, os moradores não desejam ser governados por Buenos Aires (Daniel Garcia/AFP)

A bandeira britânica sobre uma casa em Port Stanley, nas Malvinas: segundo as autoridades das ilhas, os moradores não desejam ser governados por Buenos Aires (Daniel Garcia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2012 às 12h36.

Londres - As ilhas Malvinas (Falklands para os britânicos) organizarão um referendo sobre o status político em 2013, anunciou nesta terça-feira o governo autônomo do arquipélago austral sob domínio britânico, alegando que os moradores não desejam ser governados por Buenos Aires, que reclama a soberania.

"Celebramos este referendo não porque tenhamos qualquer dúvida de quem somos e de que futuro queremos, mas para mostrar ao mundo o quão seguro estamos sobre isto", declarou o presidente da Assembleia Legislativa local, Gavin Short.

O governo do arquipélago espera que este anúncio, que acontece a apenas dois dias do 30º aniversário do fim do conflito entre Grã-Bretanha e Argentina pela soberania das Malvinas, encerre a disputa.

"Não tenho nenhuma dúvida de que os moradores das 'Falklands' desejam que as ilhas continuem sendo um território de ultramar do Reino Unido autogovernado. Não temos, em absoluto, nenhum desejo de ser governados pelo governo de Buenos Aires, um fato que é imediatamente óbvio para qualquer um que tenha visitado as ilhas e escutado nossas opiniões", completou Short.

"Mas somos conscientes de que nem todo mundo pode vir a estas belas ilhas e ver a realidade por si próprio. E o governo argentino utiliza uma retórica enganosa que implica incorretamente que não temos opiniões fortes ou, até mesmo, que somos reféns das Forças Armadas britânicas. Isto é simplesmente absurdo", completou.

O comunicado divulgado pelo governo autônomo afirma que a consulta popular acontecerá no primeiro semestre de 2013, na presença de observadores internacionais independentes, e destaca que nas próximas semanas serão anunciadas a pergunta concreta e outros detalhes.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que o Reino Unido "respeitará e defenderá" a decisão dos habitantes da ilha.

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