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Malaysia pede regras rígidas de voos em zonas de conflito

O diretor comercial da Malaysia Airlines insistiu que a trajetória tomada pelo voo MH17 havia sido aprovada pelas autoridades de transporte aéreo


	Avião MH-17: avião da Malaysia Airlines caiu no dia 17 de julho com 298 pessoas a bordo
 (Yaron Mofaz/Reuters)

Avião MH-17: avião da Malaysia Airlines caiu no dia 17 de julho com 298 pessoas a bordo (Yaron Mofaz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2014 às 12h02.

O diretor comercial da Malaysia Airlines, Hugh Dunleavy, convocou neste domingo as autoridades aéreas internacionais a fixar regras mais rígidas sobre o sobrevoo de zonas perigosas, depois que um avião de sua companhia foi derrubado no leste da Ucrânia.

Em uma coluna publicada no britânico Sunday Telegraph, Dunleavy criticou o fato de que "há muito tempo, as companhias aéreas têm a responsabilidade de decidir sobre o que significa uma trajetória de voo segura, através de zonas com conflitos políticos em todo o mundo".

"Não somos agências de inteligência, mas companhias aéreas", insistiu.

Embora várias companhias aéreas tenham modificado desde março suas rotas para evitar sobrevoar a Ucrânia, o diretor comercial da Malaysia Airlines insistiu que a trajetória tomada pelo voo MH17, que caiu no dia 17 de julho com 298 pessoas a bordo, havia sido aprovada pelas autoridades de transporte aéreo.

"O MH17 estava em um espaço aéreo aprovado pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). As autoridades ucranianas aprovaram seu plano de voo, assim como o Eurocontrol", afirmou o funcionário da companhia malaia.

"O MH17 demonstrou que as companhias aéreas não podem mais contar com as organizações de transporte aéreo para ter esta informação" sobre a segurança de uma trajetória de voo, considerou Dunleavy.

A OACI tem prevista uma reunião sobre este tema na terça-feira em sua sede em Montreal e nela participarão líderes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

"As companhias, a IATA e a OACI têm que se reunir, revisar os procedimentos existentes e colocar em andamento critérios mais rígidos sobre o que é possível considerar uma trajetória segura", disse.

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