Mundo

Malásia confirma que avião voou por horas depois de sumir

Segundo o premiê do país, a aeronave teria sido conduzida a dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão


	Pessoas olham para o avião da Malaysia Airlines no Aeroporto de Kuala Lumopur: o Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo e transportava 239 pessoas
 (REUTERS/Damir Sagolj)

Pessoas olham para o avião da Malaysia Airlines no Aeroporto de Kuala Lumopur: o Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo e transportava 239 pessoas (REUTERS/Damir Sagolj)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 12h02.

Kuala Lumpur - O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou neste sábado em entrevista coletiva em Kuala Lumpur que o voo MH370 de Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas no dia 8 de março, mudou de rota e voou durante horas na direção oeste.

Najib disse, em entrevista coletiva em Sepang, que alguém desligou os sistemas de comunicação da aeronave e depois a conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.

"O percurso do avião até o momento em que saiu da cobertura do radar militar primário (da Malásia) é consistente com a ação deliberada tomada por alguém em seu interior", afirmou o primeiro-ministro.

O governante se recusou a falar de sequestro, mas a exposição que apresentou aponta para esse sentido.

O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o MH370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira).

O avião saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais do sábado (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada a Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem.

O Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo, segundo a Malaysia Airlines, e transportava 239 pessoas: 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios.

Depois de vários dias, Najib confirmou que os dados recebidos por um radar militar correspondem ao MH370 e provam que o avião mudou de rota, cruzou o Estreito de Malaca e seguiu rumo ao oeste.


"As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização", declarou o primeiro-ministro.

As operações de busca pelo avião tinham se concentrado até o momento no Mar da China Meridional.

"Estou muito agradecido pelo anúncio do primeiro-ministro, agora está claro que podem encontrar o avião, e que o avião está bem", disse Selamat Omar aos jornalistas no Hotel Everly, segundo o jornal "The Malay Mail".

"Espero que todos os passageiros estejam bem", acrescentou o malaio, cujo filho de 28 anos estava no voo MH370.

A lista de passageiros da Malaysia Airlines que estavam no Boeing 777-200 contém 153 chineses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês, um austríaco e um taiwanês.

Descobriu-se posteriormente que o italiano e o austríaco eram na verdade dois iranianos que viajavam com passaportes roubados e buscavam uma vida melhor na Europa.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-aviaoAviaçãoAviõesMalásiaSetor de transporteTransportesVeículosVoo MH370

Mais de Mundo

França estreia novo governo com giro à direita

Trump diz que é 'muito tarde' para outro debate com Harris nos EUA

Sri Lanka vota em primeiras presidenciais desde o colapso econômico

Milei viaja aos EUA para participar na Assembleia Geral da ONU pela 1ª vez