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Malásia anuncia reabertura de embaixada na Coreia do Norte

A embaixada da Coreia do Norte na Malásia está vazia desde abril de 2017, depois de um acordo para resolver uma crise provocada pela morte de Kim Jong-am

Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante cúpula em Singapura em junho de 2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

Presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, durante cúpula em Singapura em junho de 2018 (Kevin Lim/The Straits Times/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de junho de 2018 às 11h38.

Última atualização em 12 de junho de 2018 às 11h38.

Bangcoc - A Malásia anunciou nesta terça-feira que reabrirá sua embaixada na Coreia do Norte, fechada em 2017 por conta de uma crise diplomática entre os dois países provocada pela morte do meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-nam, no aeroporto de Kuala Lumpur.

O primeiro-ministro malaio, Mahathir Mohamad, anunciou a sua intenção de restabelecer as relações com Pyongyang durante um fórum empresarial no Japão, onde realiza uma viagem oficial.

"Sim, reabriremos a embaixada", disse o líder em entrevista à revista japonesa "Nikkei".

A embaixada está vazia desde abril do ano passado depois que Pyongyang autorizou a saída do país de seus três funcionários, junto com seis familiares, como parte de um acordo para resolver uma crise provocada pela morte de Kim Jong-nam.

A Coreia do Norte proibiu a saída dos malaios em resposta à expulsão do embaixador em Kuala Lumpur depois que este criticou a investigação pela morte de Kim Jong-nam e acusou a Malásia de conspirar com os inimigos de Pyongyang.

A Malásia respondeu com o veto à saída dos norte-coreanos do país, agravando a escalada de tensão entre os dois países que até então mantinham um acordo recíproco de isenção de vistos.

Kim Jong-nam morreu em fevereiro de 2017 após ser atacado por duas mulheres, uma indonésia e uma vietnamita, que esfregaram em seu rosto um potente agente tóxico, em uma ação que a Coreia do Sul atribuiu a agentes norte-coreanos.

As duas mulheres, processadas pela justiça malaia, asseguraram no início do julgamento que acreditavam que participavam de uma pegadinha para um programa de televisão.

Na entrevista, publicada antes da reunião entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Singapura, Mahathir disse que a Coreia do Norte tem o mesmo direito a defender seus interesses que os EUA.

Mahathir também disse que a Malásia não deve ser "cética" sobre a sinceridade de Pyongyang em suas negociações com Washington.

"Deveríamos acreditar no que a Coreia do Norte diz e levá-la a participar das negociações internacionais para moderar a rígida atitude de antes", disse o dirigente malasio.

 

 

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