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Malala pede que líderes mundiais adotem ação urgente sobre o Afeganistão

Malala disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "tem muito a fazer" e que precisa "dar um passo ousado" para proteger o povo afegão

Malala: ela se tornou conhecida como uma menina de 11 anos que escrevia um blog sob um pseudônimo para a BBC (Christophe Petit Tesson/Pool/Reuters)

Malala: ela se tornou conhecida como uma menina de 11 anos que escrevia um blog sob um pseudônimo para a BBC (Christophe Petit Tesson/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 13h19.

Malala Yousafzai, Prêmio Nobel da Paz, disse estar profundamente preocupada com a situação do Afeganistão, em particular com a segurança de mulheres e meninas, e fez um apelo para que líderes mundiais adotem uma ação urgente.

Yousafzai disse que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "tem muito a fazer" e que precisa "dar um passo ousado" para proteger o povo afegão, acrescentando que está tentando contatar vários líderes globais.

"Esta é uma crise humanitária urgente para a qual precisamos fornecer nossa ajuda e apoio", disse Malala ao programa Newsnight da rede BBC na segunda-feira.

Malala, de 23 anos, sobreviveu a um tiro na cabeça disparado por um atirador paquistanês do Talibã em 2012 depois de se tornar visada por sua campanha contra os esforços do grupo para negar educação às mulheres.

Ela se tornou conhecida como uma menina de 11 anos que escrevia um blog sob um pseudônimo para a BBC no qual relatava como era viver sob o jugo do Taliban paquistanês.

"Estou profundamente preocupada com a situação do Afeganistão, especialmente com a segurança de mulheres e meninas lá", disse Yousafzai ao Newsnight.

"Tive a oportunidade de conversar com alguns ativistas do Afeganistão, incluindo ativistas dos direitos das mulheres, e eles estão compartilhando sua preocupação de não estarem certos de como sua vida será."

Malala disse que enviou uma carta ao primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, pedindo que ele acolha refugiados afegãos e faça com que todas as crianças refugiadas "tenham acesso à educação, tenham acesso a segurança e proteção, que seus futuros não sejam perdidos".

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