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Malala acredita que mulheres devem mudar o mundo

"Nós não vamos pedir aos homens que mudem o mundo, vamos fazer nós mesmas", declarou a incansável defensora da educação das meninas

Malala: "Espero poder voltar para o Paquistão um dia, é difícil não ver sua casa" (Ginnette Riquelme/Reuters)

Malala: "Espero poder voltar para o Paquistão um dia, é difícil não ver sua casa" (Ginnette Riquelme/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 11h06.

A jovem militante paquistanesa, Malala Yousafzai, pediu nesta quinta-feira que as mulheres "mudem o mundo" por conta própria, sem esperar o apoio dos homens, em uma conferência no Fórum Econômico Mundial de Davos.

"Nós não vamos pedir aos homens que mudem o mundo, vamos fazer nós mesmas", declarou a incansável defensora da educação das meninas, a um público em grande parte feminino.

Este Fórum, que reúne todos os anos a elite da política e da economia nos Alpes suíços, continua sendo um cenáculo essencialmente masculino, 80% dos participantes são homens. Mas os debates cavaram este ano um lugar para o movimento mundial de defesa da mulher #Metoo.

"O feminismo é apenas mais uma palavra para a igualdade (...) significa apenas que as mulheres devem ter os mesmos direitos que os homens", disse Malala, de 20 anos, que homenageou seu pai, "um feminista que desafiou a sociedade tradicional paquistanesa ao apoiá-la contra todas as probabilidades".

"Ele me deu o nome de Malala, uma heroína pashtun que era famosa por sua bravura e força", disse a jovem mulher, forçada a fugir do país depois de ser vítima de uma tentativa de assassinato dos talibãs em 2012.

"Espero poder voltar para o Paquistão um dia, é difícil não ver sua casa, família e amigos por mais de cinco anos", disse ela.

Prêmio Nobel da Paz em 2014, Malala continua comprometida, visitando campos de refugiados ou em fóruns em todo o mundo, enquanto estuda economia, filosofia e ciência política na Universidade de Oxford.

"Não posso enviar todas as meninas para a escola, mas posso enviar o máximo possível para a escola", disse ela, lembrando que mais de 130 milhões de garotas estão privadas de educação.

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