A "mala nuclear", conhecida como "football", simboliza o poder estratégico do presidente dos EUA e estará na mão de Donald Trump nos próximos 4 anos. (Chip Somodevilla/Getty Images)
Redator na Exame
Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 09h06.
No dia 20 de janeiro de 2025, os Estados Unidos vivenciarão mais uma transição de poder, desta vez quando Joe Biden deixará a presidência do país para que Donald Trump assuma seu segundo mandato.
Entre os eventos emblemáticos da posse presidencial está a transferência da “mala nuclear”, um dos símbolos mais importantes e misteriosos do poder presidencial.
Conhecida oficialmente como “football”, a famosa mala nuclear é cercada de mistérios e alimentada por mitos que a cultura pop ajudou a perpetuar. Diferente do que filmes e séries sugerem, ela não contém um botão mágico para lançar mísseis, mas sim documentos estratégicos e detalhados com todas as opções possíveis de um ataque nuclear, além de instruções para situações de emergência, segundo o jornal O Globo.
A mala acompanha o presidente 24 horas por dia, transportada por um oficial militar designado. O objetivo é garantir acesso imediato às informações cruciais que permitem decisões rápidas e estratégicas.
Como funciona o sistema de comando nuclear dos EUA?
Além do presidente, o vice-presidente também é escoltado por um oficial que carrega uma mala idêntica, assegurando a continuidade do comando em caso de incapacidade do chefe do Executivo.
Para autorizar um ataque nuclear, o presidente precisa de um código único conhecido como “biscoito”, armazenado em um pequeno cartão, geralmente mantido em sua posse pessoal, como na carteira.
Essa medida de segurança garante a autenticação das ordens, impedindo que terceiros possam comprometer a cadeia de comando nuclear.
Durante a cerimônia de posse no Capitólio, um dos momentos mais sensíveis é a transferência da mala nuclear. No dia 20 de janeiro, o oficial que acompanha Joe Biden entregará a mala ao responsável designado para Donald Trump, garantindo que o presidente empossado esteja pronto para responder a qualquer emergência de segurança nacional, incluindo a eventual autorização de um ataque nuclear.
Este processo ocorre minutos antes do juramento presidencial, simbolizando a continuidade das instituições democráticas mesmo em momentos de mudanças significativas no comando do país.