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'Mal posso esperar para o 2º debate contra Biden', diz estrategista de Trump

Chris LaCivita diz que erros do democrata no debate mexeram mais com a campanha do que ataque a tiros

Chris LaCivita, co-diretor da campanha de Donald Trump (Patrick T.Fallon/Getty Images)

Chris LaCivita, co-diretor da campanha de Donald Trump (Patrick T.Fallon/Getty Images)

Publicado em 16 de julho de 2024 às 17h21.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 01h35.

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Milwaukee - Chris LaCivita, co-diretor da campanha de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, disse avaliar que o debate contra o presidente Joe Biden, em 27 de junho, mexeu mais com a campanha do que o atentado contra o candidato republicano. E que está preparado para um novo debate.

"Mal posso esperar. Nós queremos até um terceiro [debate]", disse LaCivita durante um evento paralelo à Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, nesta terça, 16, no qual a EXAME participou.

Um segundo debate entre os dois está previsto para o dia 10 de setembro, na TV ABC.

LaCivita afirmou que ainda é muito cedo para entender os efeitos eleitorais do tiro contra Trump, baleado em um comício no sábado, 13, e que a estratégia do partido não deve mudar.

"Temos uma estratégia que conhecemos e que vai funcionar. Queremos ter uma discussão sobre inflação, sobre crime, como o país está em um buraco em nível internacional. Queremos manter o debate nessas questões, porque sabemos que taticamente isso está em nosso favor", afirmou.

O estrategista disse ainda não se preocupar muito com o risco de desistência de Biden. "Uma eventual mudança [de candidato] não seria uma grande mudança em termos de mensagem, de posicionamento. Políticas de Biden e Kamala Harris causaram inflação, a situação nas fronteiras. Acho que alguma coisa aconteceu que a imprensa americana está fazendo o seu melhor para dar à Kamala um botão de 'reset', mas não vamos permitir isso, porque é uma chapa. Os nomes podem mudar, mas as questões são as mesmas", afirmou.

LaCivita também criticou o presidente Biden em sua atuação após o ataque a Trump. "Ele fez um pedido por união no sábado, que foi uma cortina de fumaça. Obviamente temos uma oportunidade de unir o país. É uma coisa muito importante", disse. "Mas não vamos esquecer. Estamos no meio de uma campanha, e você tem que vencer. Então precisa manter o foco nas questões importantes."

Ameaça à democracia e J.D. Vance

O estrategista fez outra crítica indireta ao democrata, em referência a uma das acusações mais fortes do Partido Democrata, de que Trump é uma ameaça à democracia.

"Ao não se importar em colocar seu oponente como alguém que está tentando acabar com a democracia, é moralmente falido, é um Hitler, você está dando motivos para alguém fazer algo estúpido, e há miuitas pessoas doentes no mundo que podem tomar decisões idiotas", afirmou.

Ele ainda fez elogios à escolha de J. D. Vance como candidato à vice, como uma boa opção para mobilizar eleitores em estados-chave da disputa, como Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, e que a idade de Vance, 39 anos, é também uma vantagem: em uma campanha longa e cansativa, ele terá condições de ir a mais eventos. "Ele é jovem e vai estar em todos os lugares. Vamos ter uma agenda muito, muito agressiva", planeja.

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