Mundo

Mal de Alzheimer deve pesar cada vez mais na economia mundial

O número de pessoas já vivem com a doença, incurável, pode chegar a 115 milhões até 2050, segundo especialistas do Congresso dos EUA

Os especialistas avaliaram em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em 2010, o equivalente a 1% do PIB mundial (Sebastien Bozon/AFP)

Os especialistas avaliaram em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em 2010, o equivalente a 1% do PIB mundial (Sebastien Bozon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 09h10.

Washington - O mal de Alzheimer deve pesar cada vez mais na economia mundial nos próximos anos, apontaram nesta quinta-feira especialistas reunidos no Congresso americano, em Washington.

Entre 24 e 37 milhões de pessoas já vivem com a doença, incurável, um número que pode chegar a 115 milhões até 2050, explicaram os especialistas diante da comissão de Assuntos Externos da Câmara de Representantes.

O mal de Alzheimer "é a mais grave crise sanitária e social do século de XXI", declarou Daisy Acosta, presidente da associação Alzheimer's Disease International, sediada em Londres.

Acosta avaliou em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em 2010, o equivalente a 1% do PIB mundial. "Se fosse um país, seria a 18ª economia do mundo em termos de PIB", observou.

Porém, as verbas utilizadas para a pesquisa são mínimas em relação a outras doenças, observou Bill Thies, da Alzheimer's Association.

"Investimos seis bilhões de dólares por ano na luta contra o câncer, quatro bilhões contra as doenças cardiovasculares e dois bilhões contra a AIDS. Já a pesquisa para o mal de Alzheimer movimenta apenas 450 milhões de dólares", apontou.

George Vradenburg, da organização USAgainstAlzheimer, afirmou que os países ocidentais são os mais ameaçados pela degradação da relação ativos/passivos e pela alta dos custos da saúde.

"Isso cria tensões para os sistemas de saúde em todo o mundo. Isso tem o risco de provocar um enfraquecimento do crescimento econômico nos países desenvolvidos, particularmente na Europa ocidental e no cinturão do Pacífico", explicou Vradenburg.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Itamaraty alerta para a possibilidade de deportação em massa às vésperas da posse de Trump

Invasão de apoiadores de presidente detido por decretar lei marcial deixa tribunal destruído em Seul

Trump terá desafios para cortar gastos mesmo com maioria no Congresso

Milei chama Bolsonaro de amigo e lamenta ausência em evento de posse de Trump