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Fedida e rara, flor-cadáver cresce em Minas

É a segunda vez que um exemplar da flor mais malcheirosa do mundo, endêmia da Indonésia, cresce em um jardim botânico na América Latina


	Flor-cadáver que cresce em MG (à esq.) e como ficará daqui a dois anos (á dir.)  
 (Montagem sobre divulgação)

Flor-cadáver que cresce em MG (à esq.) e como ficará daqui a dois anos (á dir.)  (Montagem sobre divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 09h59.

São Paulo - Flor e fedor são duas palavras que não combinam, concorda? Não em se tratando da espécie Amorphophallus titanum, mais conhecida como flor-cadáver, famosa pelo título de mais malcheirosa do mundo. Um exemplar dessa raridade, encontrada na ilha de Sumatra, na Indonésia, está crescendo pela segunda vez em um jardim botânico e na América Latina. 

Ela está crescendo dentro de uma estufa especial em Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais, com condições de temperatura e umidade controladas que permite o cultivo de espécies tropicais. Quando desabrocha, a flor-cadáver chega a atingir três metros de altura e pode pesar até 75 quilos.

Seu odor já foi descrito como "uma mistura de açúcar-queimado com peixe-podre", que atrai moscas e besouros. Surgiu daí o nome "flor-cadáver” (ou corpse-flower, em inglês). Ela pode viver até 40 anos, mas só floresce duas ou três vezes. Em dezembro de 2010, esta mesma planta floresceu em Ihotim, e durou três dias.

A planta possui um caule gigante e subterrâneo, como uma batata, e produz apenas uma folha a cada dois anos. Apesar de ser conhecida como "a maior flor do mundo", o que a espécie produz é, na verdade, uma inflorescência - um conjunto de flores em uma estrutura compacta.

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