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Mais um ministro deverá prestar explicações após queda de Lupi

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, foi convocado pelo governo Dilma para esclarecer as suspeitas de irregularidades apontadas pelo jornal O Globo

Pimentel terá que explicar os trabalhos que realizou por meio de sua empresa, que mantêm contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi titular entre 2002 e 2009 (Antônio Cruz/ABr)

Pimentel terá que explicar os trabalhos que realizou por meio de sua empresa, que mantêm contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi titular entre 2002 e 2009 (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 13h06.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, foi convocado pelo governo de Dilma Rousseff para esclarecer as suspeitas de irregularidades apontadas pelo jornal O Globo, confirmaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

A saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho neste domingo, forçada por diversas denúncias, elevou a sete o número de ministros que renunciaram ou foram destituídos desde que Dilma assumiu a presidência. Seis deles, como o próprio Lupi, caíram após terem sido alvos de denúncias de corrupção.

Segundo publicou o jornal O Globo e foi confirmado nesta segunda-feira por porta-vozes da presidência, Dilma pediu a Pimentel que explique os trabalhos que realizou por meio de sua empresa de consultoria, que mantêm contratos com a prefeitura de Belo Horizonte, da qual foi titular entre 2002 e 2009.

O próprio Pimentel declarou que a presidente, de quem é amigo há muitos anos, pediu que 'atue com muita transparência e tranquilidade', pois considera que não houve nada de ilícito em seu trabalho.

Documentos obtidos pelo O Globo indicam que Pimentel prestou serviços a essas empresas entre 2009 e 2010, período em que alguns de seus clientes obtiveram contratos para a execução de obras em Belo Horizonte.

De acordo com a versão do jornal, os serviços de consultoria renderam a Pimentel cerca de R$ 2 milhões e podem configurar um caso de tráfico de influência, o que foi negado pelo próprio ministro.

'Foi a forma que eu tive de ganhar dinheiro e sobreviver. Não tem nada de irregular, nada de ilegal', disse ao jornal Pimentel, que ressaltou que nesse período não ocupava nenhum cargo público.

No entanto, fontes do PSDB disseram nesta segunda-feira à Agência Efe que começaram a avaliar a possibilidade de convocar Pimentel ao Congresso para que esclareça sua situação, como ocorreu antes com os seis ministros que caíram por suspeitas de irregularidades. 

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