Mundo

Mais um médico morre de ebola em Serra Leoa

Doutor Modupeh Cole era um dos médicos que trabalhava na ala de isolamento do hospital Connaught em Freetown


	Voluntários preparam-se para alimentar pacientes com ebola em Serra Leoa
 (Tommy Trenchard / Reuters)

Voluntários preparam-se para alimentar pacientes com ebola em Serra Leoa (Tommy Trenchard / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 18h35.

São Paulo - Um importante médico da equipe que luta contra o ebola em Serra Leoa, o doutor Modupeh Cole, morreu em decorrência da doença nesta quarta-feira, 13, informou o diretor de comunicação do Ministério da Saúde e Saneamento. 

Cole, que estudou nos Estados Unidos, era um dos médicos que trabalhava na ala de isolamento do hospital Connaught em Freetown, capital de Serra Leoa.

Na semana passada, quando foi confirmado que ele havia sido infectado, Cole foi transferido para o distrito de Kailahun, onde o grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF) coordena um centro de tratamento da doença.

O ebola já matou mais de mil pessoas na África ocidental após o início do atual surto que também atinge Guiné, Libéria e Nigéria. Muitos dos mortos são funcionários da saúde que geralmente trabalham com suprimentos e proteção inadequados.

Mas, apesar do grande número de mortos e infectados africanos, apenas dois norte-americanos e um espanhol receberam o ZMapp, a droga experimental não testada feita nos Estados Unidos.

Os médicos chegaram a considerar a hipótese de administrar o ZMapp a Sheik Humarr Khan, outro importante médico que cuidava de pacientes com ebola em Serra Leoa que contraiu a doença, mas posteriormente desistiram da medida, informaram funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) por e-mail enviado à Associated Press nesta quarta-feira.

A OMS tentou retirar Khan do país, mas "sua condição havia se deteriorado muito para ser transportado em segurança". Ele morreu em 29 de julho.

Doses do ZMapp deveriam chegar nesta quarta-feira à Libéria para o tratamento de outros dois médicos, informou o ministro de Saúde do país, Walter Gwenigale. Eles serão os primeiros africanos a receber o tratamento.

Mas a empresa que fabrica o medicamento, a Mapp Pharmaceuticals, informou na terça-feira que os estoques da droga estão esgotados e que levará meses até que seja produzido uma pequena quantidade do medicamento.

Acompanhe tudo sobre:DoençasEbolaEpidemiasMédicosSaúde

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais