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Mais radiação é detectada em torno dos tanques de Fukushima

Técnicos da Tepco detectaram uma alta no nível de radiação em torno de alguns tanques similares ao que sofreu recentemente um vazamento

Inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica observam reator da central nuclear de Fukushima (Nuclear Regulation Authority via Bloomberg)

Inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica observam reator da central nuclear de Fukushima (Nuclear Regulation Authority via Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 23h57.

Tóquio - A operadora da usina nuclear de Fukushima detectou uma alta no nível de radiação em torno de alguns tanques para armazenar água contaminada similares ao que sofreu recentemente um vazamento de 300 metros cúbicos, informou a agência 'Kyodo'.

Técnicos da Tokyo Electric Power (Tepco) detectaram um nível máximo de 2.200 milisieverts por hora, acima dos 1.800 registrados no fim de semana passado nestes três depósitos.

A empresa ainda não conseguiu confirmar se estes níveis, detectados em torno das bases das cisternas e de um encanamento, implicam novos vazamentos de água tóxica, já que as leituras de contaminação do solo não indicam rastros disso.

Nesta terça-feira, a Tepco apontou para a possibilidade de que a resina utilizada nas juntas destes tanques, ao se degradar por entrar em contato com a água contaminada, esteja propagando esses níveis tão altos.

Em meados de agosto, a empresa detectou um vazamento de cerca de 300 toneladas de água muito radioativa em um tanque do mesmo bloco.

Todos estes depósitos foram fabricados de maneira rápida e econômica após a fase inicial da crise na usina, para armazenar de maneira urgente a água usada para refrigerar os reatores, que se contamina ao entrar em contato com os núcleos parcialmente fundidos.

Em todos eles, cerca de 350 no total, foi usada resina e fixações metálicas para unir as juntas, em vez de solda, como foi feito com outros mais de 600 depósitos da unidade.

A Tepco reforçou as patrulhas que revisam estes tanques e procura transferir o mais rápido possível a água para outros novos e mais sólidos.

O problema destes depósitos se une ao das milhares de toneladas de água que se acumulam nos porões dos prédios dos reatores, o principal desafio na hora de desmantelar a central, atingida pelo terremoto e tsunami do dia 11 de março de 2011.

Esse acúmulo acontece porque o líquido utilizado para refrigerar os reatores vaza em parte para os porões, ao mesmo tempo em que a água natural do subsolo procedente das áreas próximas penetra também nos edifícios.

Devido a isto, acredita-se que a central verta cerca de 300 toneladas diárias de água radioativa para o oceano Pacífico.

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