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Mais de mil soldados russos combatem na Ucrânia, diz Otan

Mais de mil soldados russos combatem atualmente em território ucraniano, informa dirigente da Otan


	Fumaça de prédio destruído pelos combates na cidade ucraniana de Novoazovsk
 (Alexander Khudoteply/AFP)

Fumaça de prédio destruído pelos combates na cidade ucraniana de Novoazovsk (Alexander Khudoteply/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 11h16.

Bruxelas - Mais de mil soldados russos combatem atualmente em território ucraniano e principalmente na zona de Novoazovsk, informou nesta quinta-feira um dirigente militar da Otan, que classificou a situação de muito preocupante.

"Muito mais de mil soldados russos combatem atualmente na Ucrânia. Eles dão apoio aos separatistas, lutam junto a eles" contra as forças armadas ucranianas, afirmou durante uma coletiva de imprensa no centro de comando das forças aliadas na Europa (Shape) em Mons (oeste da Bélgica), acrescentando que se trata de uma estimativa muito prudente.

Estes soldados, que muitas vezes não usam insígnias, são reconhecíveis pela sua conduta, de "militar profissional", assegurou, insistindo que há cada vez mais informações que circulam publicamente sobre soldados russos mortos nos combates.

"Eles operam equipamentos sofisticados, aconselham os separatistas e os soldados avançam até 40 ou 50 km em território ucraniano", descreve este oficial.

Kiev afirmou neste quinta-feira que tropas russas tomaram o controle da cidade fronteiriça de Novoazovsk e denunciou uma "invasão direta" do país.

"Desde segunda-feira, assistimos novas incursões perto de Novoazovsk", o que cria uma "nova frente às forças ucranianas", e que, portanto, os coloca "em uma situação terrível", disse o membro Otan.

Estas tropas russas podem subir desde Novoazovsk para o norte e em torno de Donetsk, reduto dos separatistas pró-russos cercado pelo exército ucraniano, ou para oeste e a Crimeia, anexada pela Rússia em março.

Segundo ele, "a Rússia tentará agora congelar o conflito, prolongar o conflito, para garantir que a Ucrânia tenha dificuldades em se manter".

O oficial garantiu ainda que a "escalada significativa das operações militares russas" nas últimas duas semanas está "diretamente relacionada ao sucesso das operações militares ucranianas" contra os separatistas, que "encontraram-se sob pressão".

Ele indicou que "desde meados de agosto, as forças russas estão envolvidas ativamente nos combate", e estima em cerca de 20 mil o número de soldados mobilizados ao longo da fronteira russo-ucraniana. Além disso, a qualidade dos equipamentos (tanques, blindados, artilharia...) fornecidos pela Rússia aos rebeldes "aumentou ainda mais em volume".

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