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Mais de mil pessoas pedem a queda de Kadafi em Tobruk

"Não temos medo de Kadafi, que venha" disseram os manifestantes sobre uma possível tentativa de retomar o controle da cidade

Protesto em Tobruk, na Líbia: cidade está sob controle dos manifestantes (AFP)

Protesto em Tobruk, na Líbia: cidade está sob controle dos manifestantes (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 16h31.

Tobruk, Líbia - Mais de mil pessoas pediram nesta quinta-feira no centro de Tobruk, a principal cidade do extremo leste da Líbia, a queda do líder do país, Muammar Kadafi, que tenta manter o controle dos dois terços da parte ocidental.

Com bandeiras da independência líbia e ao grito de "Kadafi fora" e "liberdade para a Líbia", os cidadãos homens da cidade, de pouco mais de 100 mil habitantes, mostraram sua rejeição a Kadafi, que controla o país desde 1969.

"Este é o princípio da revolução", assegurou Khamis Ahmad, professor de Universidade, antes de ressaltar que "Kadafi transformou a revolução branca em uma revolução sangrenta".

Além disso, os manifestantes repudiaram os fatos nesta quinta-feira em Zawiya, perto da fronteira com a Tunísia, onde foram registradas dezenas de mortes após um ataque das forças leais ao regime.

"Não temos medo de Kadafi, que venha" assegurou o professor de História Muhamad Ali, em referência à possibilidade de que Kadafi tente recuperar a parte oriental do país, nas mãos de comitês populares há vários dias.

Kadafi, em mensagem de áudio transmitida pela televisão estatal, pediu nesta quinta-feira que a população "combata" os manifestantes que tomaram várias regiões do país e que, segundo ele, estão a serviço do chefe da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Depois que a cadeia estatal anunciou horas antes que Kadafi se dirigiria à população de Zawiya, o canal só emitiu uma breve mensagem de áudio do líder líbio no qual insistiu em ligar os manifestantes com "terroristas, drogados e agentes de serviços secretos estrangeiros".

"Os espiões do estrangeiro distribuem aos jovens drogas para impulsioná-los a criar distúrbios que servem aos interesses da Al Qaeda e de Bin Laden", assegurou.

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