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EUA: mais de 97 mil crianças foram contaminadas por covid-19 em julho

Alto índice de contaminação nos Estados Unidos leva especialistas a questionar estratégia de volta às aulas. Kit de teste caseiro pode ser adotado

Escola na Virgínia: reabertura levanta questionamentos sobre o risco de disseminação maior da covid-19 (Kevin Lamarque/Reuters)

Escola na Virgínia: reabertura levanta questionamentos sobre o risco de disseminação maior da covid-19 (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2020 às 13h09.

Última atualização em 12 de agosto de 2020 às 22h16.

Correção: Nas duas últimas semanas de julho, mais de 97 mil crianças tiveram covid-19 nos Estados Unidos. Diferentemente do que foi informado na matéria de 9 de agosto, a infecção pelo coronavírus não foi após o retorno das aulas presenciais paralisadas pela pandemia. 

Nas últimas duas semanas de julho, 97 mil crianças foram infectadas pelo coronavírus nos Estados Unidos. Os dados foram divulgados pela universidade Vanderbilt, que coordena um estudo financiado pelo governo envolvendo kits caseiros de testes. Dos cerca de 5 milhões de casos da doença no país, 380 mil foram registrados em crianças.  No mesmo mês, ao menos 25 crianças morreram em função do coronavírus. Segundo a rede de TV CBS, o trabalho da Vanderbilt tem como objetivo avaliar o índice de propagação do vírus entre as crianças e o papel que elas acabam tendo na disseminação da doença. 

Para determinar com mais precisão esses dados, é preciso aumentar o número de testes, por isso a ideia dos kits, que são enviados à casa dos alunos juntamente com instruções sobre como realizar a coleta do material para análise. 

Escolas em diversos estados americanos estão reabrindo, mas os diretores enfrentam problemas para garantir a segurança dos alunos. Cerca de 13 mil distritos escolares retomaram as aulas presenciais. 

Um dos pontos mais problemáticos é o transporte. Em algumas localidades, os ônibus escolares estão sendo limpos com desinfetantes hospitalares, como no município de Lawrence Township, em Indiana. Apesar da precaução, apenas 65% das crianças devem voltar à escola na cidade. O restante seguirá no ensino online. 

Para permitir que os alunos apresentem trabalhos em sala de aula, algumas escolas estão recorrendo a barreiras de proteção semelhantes às utilizadas por supermercados, feitas de acrílico. Os alunos devem ficar de máscara o tempo todo, só retirando o equipamento de proteção quando forem chamados ao tablado, que estará protegido pelo plástico transparente. 

No Brasil, o Amazonas foi o primeiro estado a retomar as aulas presenciais. As 123 escolas da rede pública do estado adotaram medidas sanitárias para receber os alunos nesta segunda-feira, com capacidade limitada a 50%.

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